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Sindirações: 2013 projeta a recuperação das perdas acumuladas no ano passado

A Indústria Brasileira padeceu e sofreu de maneira geral, a taxa de investimento alcançou apenas 18% do PIB e o setor de transformação limitou-se à metade do recorde alcançado há quase 30 anos, quando representava 1/4 da riqueza apurada em 1985


Publicado em: 11/06/2013 às 11:10hs

Sindirações: 2013 projeta a recuperação das perdas acumuladas no ano passado

Em 2012 a produção estimada contabilizou aproximadamente 63 milhões de toneladas de ração (2,3% menos do produzido em 2011) e 1,95 milhão de toneladas de suplementos minerais (17% menos do produzido em 2011), influenciada pela evaporação do capital de giro consequente às recuperações judiciais requeridas por produtores descapitalizados (dentre eles, independentes, cooperados, integrados e confinadores) e por conta da explosão de preços do farelo de soja e do milho, redução do alojamento de matrizes, pintinhos e bovinos e do ritmo exportador.

A Indústria Brasileira padeceu e sofreu de maneira geral, a taxa de investimento alcançou apenas 18% do PIB e o setor de transformação limitou-se à metade do recorde alcançado há quase 30 anos, quando representava 1/4 da riqueza apurada em 1985. Apesar do consumo das famílias e do governo aumentarem, cada um, pouco mais de 3%, o recuo de 0,8% do setor industrial e o tombo de 2,3% na agricultura somaram-se à queda de 4% na formação bruta de capital fixo. Essa perda de competitividade doméstica e internacional e a defasagem tecnológica atrapalharam sobremaneira a inserção da indústria brasileira nas cadeias produtivas globais rumo ao mundo desenvolvido.

O marasmo internacional prevalente e a economia doméstica que não dá sinais de recuperação tem demonstrado que a crise global escancarou a fragilidade da cadeia produtiva nacional e o pífio desenvolvimento apurado, além da inflação que persiste bater no teto vai requerer moderação e esforço compartilhados de todos os envolvidos.

A tão esperada reação da economia somente a partir do segundo semestre pode ainda reservar à indústria de alimentação animal brasileira um avanço de 3% na produção e representar apenas recuperação do retrocesso apurado no ano passado, uma vez que no primeiro trimestre o tímido desempenho alcançou pouco mais de 14,6 milhões de toneladas e quase 1% abaixo do produzido no mesmo período de 2012.

AVICULTURA DE CORTE

Embora no ano passado, a tendência seguiu retração no alojamento de matrizes (46,5 milhões) e pintinhos (6 bilhões), a avicultura de corte pode ainda produzir mais de 13 milhões de toneladas de frango em 2013, caso a demanda doméstica recupere o vigor e as exportações alcancem novos destinos. De Janeiro a Março o setor consumiu 4,2% menos ração que no mesmo trimestre de 2012, enquanto a previsão é alcançar 31,7 milhões de toneladas até o final do ano, ou seja, um crescimento de 2,1% em relação às 31,1 milhões de toneladas produzidas em 2012. A recuperação do preço pago ao produtor somada ao alívio no custo do farelo de soja e do milho - concomitantemente apurados desde final do ano passado - podem estimular o alojamento e dinamizar a oferta de frango.

AVICULTURA DE POSTURA


A produção de ração para postura cresceu 5,4% e somou 5,2 milhões de toneladas durante o ano de 2012, em resposta ao incremento de quase 8% no alojamento das 85,7 milhões de pintainhas que eleva a estimativa para um plantel total de 120 milhões de poedeiras. A produção de ovos aumentou 0,7% e a quantidade exportada avançou mais de 60% ante 2011. A tendência de valorização no preço do ovo pago ao produtor que perdura por quase um ano e a demanda por rações de postura que já avançou 3% no primeiro trimestre permite prever a produção de 5,4 milhões de toneladas ao longo de 2013 e um incremento anualizado da ordem de 2,6%.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sindirações

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