Publicado em: 18/06/2014 às 15:20hs
Um problema recorrente no Brasil: com o passar dos anos alguns idosos não sabem o que fazer para manter a produção leiteira e cuidar da sua propriedade. Motivos? Um êxodo rural crescente e o desinteresse das próprias famílias em dar continuidade à produção. Uma solução pode estar no Sharemilking – sistema de parceria na produção e gestão da propriedade leiteira, onde os donos da terra e das vacas deixam sua área e seus animais para serem geridos por um operador interessado, o Sharemilker, que geralmente com um contrato de 50% da renda, dá continuidade à produção de leite e possibilita descanso aos donos do empreendimento lácteo.
O método foi adotado com relativo êxito na Nova Zelândia, onde, ao contrário do Brasil, os jovens têm deixado os centros urbanos para trabalhar nas fazendas em busca de sucesso profissional, qualidade de vida e equilíbrio financeiro. Para eles, trabalhar em sistema de ShareMilking é uma forma de alcançar suas ambições. Cerca de 30% das vacas neozelandesas são ordenhadas nesse sistema e alguns Sharemilkers chegam a obter cerca de 40% de retorno sobre o capital investido. Dessa forma o sistema é viável, tanto para o proprietário que já está com idade avançada e muitas vezes desmotivado, quanto para o jovem motivado, qualificado e em início de carreira.
Mas atenção! O relatório do Sistema de Inteligência Setorial de Sebrae sobre o assunto cita que alguns pontos devem ser seguidos e observados pelo produtor que pretende adotar este sistema:
• Relação de confiança;
• Redigir um contrato bem feito e detalhado;
• Experiência do operador - crucial para o sucesso do negócio.
O SIS alerta ainda que para que este sistema seja atraente tanto para o proprietário da terra e dos animais, como para quem queira empreender numa empresa leiteira, é importante que o Sharemilker não entre somente com a mão de obra. Com os ganhos, ao longo do tempo, ele também deve investir no negócio e adquirir máquinas e mais gado de leite.
Ações recomendadas pelo Sebrae:
- Existem alguns cursos que podem ajudar os empreendedores que querem ter êxito no negócio leite: Aprender a Empreender (Sebrae), Iniciando um Pequeno e Grande Negócio (Sebrae), Microempreendedor individual (Sebrae), Trabalhador Empreendedor (Senar), Negócio Certo Rural (Senar) e Com Licença Vou a Luta (Senar). Todos esses cursos são gratuitos e à distância;
- Instituições como o Sebrae, Senar, Epagri, Embrapa, entre outras, podem servir de fonte de conhecimento para melhorar os resultados e garantir investimento acertado no setor leiteiro;
- Antes de implantar qualquer novidade em sua propriedade, procure informações, busque conhecimento, avalie se a fonte é desprovida de interesses e se é de uma instituição séria e de ampla experiência no setor;
O SIS/Sebrae possui relatórios que podem auxiliar os empreendedores à respeito do tema, são eles: Leite na Nova Zelândia, Empreendedorismo no de leite e Mão de obra na atividade leiteira.
Fonte: Dialetto
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