Publicado em: 02/12/2025 às 13:00hs
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Edivilson Brum, confirmou que o governo estadual vai publicar um decreto estabelecendo zonas de exclusão para o uso do herbicida 2,4-D. A medida atende a uma antiga demanda do setor da olivicultura, após recorrentes prejuízos causados pela deriva do produto em áreas sensíveis.
As regiões contempladas inicialmente abrangem a Fronteira Oeste, o Pampa e o entorno de Jaguari, importantes polos de produção de oliveiras no Estado.
O anúncio foi feito durante reunião com representantes do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), incluindo o presidente Flávio Obino Filho, o diretor jurídico Jorge Buchabqui e o diretor especial para assuntos de herbicidas hormonais, Marcelo Lobo.
Lobo avaliou de forma positiva a decisão, mas ressaltou que há produtores afetados fora das áreas inicialmente delimitadas. Ele explicou que o Ibraoliva está realizando um mapeamento nacional dos pomares e deverá apresentar à Secretaria uma proposta de ampliação das zonas de exclusão, contemplando regiões sensíveis que ainda não estão cobertas pelo decreto.
“Nosso objetivo é garantir a proteção total das áreas produtoras, evitando que a deriva do 2,4-D continue impactando lavouras e a qualidade da produção de azeite”, afirmou o diretor.
Além da regulamentação do herbicida, outros temas estratégicos foram debatidos durante o encontro. Entre eles, a organização do Seminário Binacional do Bioma Pampa e do 6º Encontro Estadual de Olivicultura, marcados para os dias 4 e 5 de dezembro, em Bagé (RS).
Também entrou na pauta a possibilidade de transferir a Festa de Abertura da Colheita da Oliva para abril, com um novo formato que inclua uma feira de negócios voltada à cadeia produtiva do azeite, fortalecendo a integração entre produtores, empresas e instituições de pesquisa.
Durante a reunião, foram ainda discutidas normas relacionadas à periodicidade das informações sobre o volume de azeite produzido pelos lagares do Estado, medida que visa aprimorar a transparência e o controle da produção.
Outro ponto debatido foi a criação de diretrizes para a certificação de mudas de oliveira provenientes de outros estados e do exterior, garantindo qualidade genética e fitossanitária no ingresso de novos materiais de plantio no território gaúcho.
Essas ações integram o esforço conjunto entre o governo e o setor privado para fortalecer a competitividade e a sustentabilidade da olivicultura gaúcha, que se consolida como uma das mais promissoras do país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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