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Reunião anual da câmara setorial do algodão avalia perspectivas e desafios para o setor em 2024

O encontro discutiu os números da produção de algodão no país, destacando os desafios logísticos e industriais enfrentados no ano em curso e as projeções para o próximo ciclo


Publicado em: 08/12/2023 às 14:50hs

Reunião anual da câmara setorial do algodão avalia perspectivas e desafios para o setor em 2024

Na última quarta-feira (06/12), a 73ª Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília, encerrou as atividades de 2023. O encontro discutiu os números da produção de algodão no país, destacando os desafios logísticos e industriais enfrentados no ano em curso e as projeções para o próximo ciclo.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) apresentou suas expectativas para a safra 2023/2024, prevendo um aumento na área plantada e na produção em comparação à safra anterior, que já tinha registrado números recordes em volume e produtividade. Segundo a Abrapa, a previsão é de que o Brasil plante 1,87 milhão de hectares, com uma produção estimada de 3,37 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma). No entanto, a produtividade média esperada é 7,5% menor em comparação ao ciclo anterior, devido a atrasos nas chuvas em algumas regiões.

O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, destacou a escalada histórica do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de algodão do mundo. Na safra 2022/2023, o país superou os Estados Unidos em volume de produção e exportação, alcançando uma posição inédita no ranking global. Schenkel ressaltou a importância do algodão brasileiro, produzido de forma sustentável, como matéria-prima alinhada às demandas atuais por produtos naturais e recicláveis.

No aspecto logístico, as exportações da safra 2022/2023 enfrentaram desafios, com aproximadamente 35% já embarcados. A necessidade de preparar-se para o aumento constante na produção nos próximos anos foi destacada, com sugestões de melhorias, como a disponibilização de mais fiscais agropecuários, aumento de terminais habilitados para exportação e o desenvolvimento de alternativas ao Porto de Santos.

Quanto à indústria têxtil, Fernando Pimentel, diretor superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), abordou o cenário desafiador enfrentado em 2023. O setor gerou mais de cinco mil empregos formais, mas a confecção operou no negativo devido a um consumo ainda instável e à concorrência desleal de sites estrangeiros. Pimentel destacou a importância de reduzir o "custo Brasil" e avançar na agenda da competitividade e produtividade para melhorar o desempenho da indústria têxtil em 2024.

Fonte: Portal do Agronegócio

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