Publicado em: 26/03/2014 às 17:30hs
A agricultura terá um papel cada vez mais forte na economia mundial e no desafio da segurança alimentar. Foi o que disse o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no Brasil (FAO), Alan Jorge Bojanic, durante o Global Agribusiness Forum, nesta segunda-feira (24/3) em São Paulo.
Biojanic participou de um painel para discutir a agregação de valor na agricultura. Durante sua apresentação, enumerou alguns desafios para garantir a segurança alimentar na humanidade, projetada para 9,3 bilhões de pessoas até o ano de 2050.
“O papel da agricultura é cada vez mais forte no mundo inteiro e na economia mundial. Estamos falando em aumentar a produção para mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos, isso em um cenário de mudança climática e também de degradação de terras, degradação de solos e de florestas. Como vamos enfrentar isso?”, questionou.
Uma das discussões que considera importante para isso é sobre as relações entre água, energia e produção de alimentos. Outra é o desenvolvimento tecnológico que garanta aumentos de produtividade, com uma intensificação maior das atividades no setor. “Temos que dar saltos de produtividade e para isso precisamos de mais educação, tecnologia.”
O representante da FAO no Brasil destacou também o combate ao desperdício de alimentos, que classificou como uma “vergonha para a humanidade”. Segundo ele, atualmente, são desperdiçados 670 milhões de toneladas de alimentos por ano.
“Com essa quantidade, poderíamos alimentar toda a região sul-africana. É um absurdo financeiro, humanitário e ambiental. Há tecnologias para agregar valor e evitar que se jogue comida no lixo.” Uma das alternativas para evitar o desperdício, na opinião dele, é o fortalecimento dos bancos de distribuição de alimentos, principalmente no aumento de sua capacidade.
Alan Jorge Bojanic defendeu ainda o incentivo à agricultura em áreas urbanas e peri-urbanas como alternativa para se agregar valor à produção de alimentos. E a maior integração entre o agronegócio e a agricultura familiar. “Na FAO acreditamos nessa sinergia”, concluiu, lembrando que 2014 foi considerado o Ano da Agricultura Familiar.
Fonte: Globo Rural
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