Durante a realização do Simpósio Paulista de Manejo de Plantas Daninhas em Cana-de-Açúcar, realizado em Piracicaba, nos últimos dias 28 e 29 e outubro, a aplicação de herbicida em taxa variada surpreendeu os participantes com resultados auditados em usinas de açúcar no Estado de São Paulo. O diretor da APagri, Leonardo Menegatti, apresentou resultados reais trabalhados pela empresa em 2013 e auditados pela consultoria Ecolog.

O primeiro caso comentado pela APagri foi o da usina UCP, do grupo Odebrecht, de Teodoro Sampaio, onde foi realizada a aplicação de herbicida em taxa variada em 565 hectares, através da tecnologia HTV®. Além da redução da fitotoxicidade, a usina obteve uma redução no custo total de R$ 106,00 por hectare de cana, devido principalmente à redução de repasses e no consumo total de herbicida, além da queda na quantidade de operações mecanizadas. Já na usina São João de Araras, na cidade de São João de Araras, essa redução de custos chegou a R$ 109,00, principalmente devido a ganhos em produtividade e redução de repasses e no número de operações mecanizadas. “Nós mesmos na APagri estamos surpresos com os resultados, cada vez melhores. Isso mostra que estamos no caminho certo”, declarou Leonardo Menegatti. Também participarem do estudo as usinas da Bunge e da Noble, todas através de parceria da APagri com a Dupont, sem custo algum para as usinas.

A tecnologia HTV® consiste na aplicação com o ajuste da dose de acordo com a capacidade do solo de reter cada tipo de herbicida pré-emergente para que a concentração final na solução deste solo seja igual, independente da sua posição no espaço. Criada e patenteada pela APagri, a metodologia HTV® é considerada tecnicamente superior ao modelo tradicional que prevê a aplicação de doses médias de herbicida por hectare. Segundo Menegatti, o HTV® vem apresentando uma eficácia média de 77,27% nas áreas acompanhadas, ou seja, havendo de fato maior controle de ervas daninhas e redução do efeito da fitotoxicidade.

Segundo Menegatti, os herbicidas têm a função de proteger a cultura da matocompetição e fazer com que ela possa expressar seu máximo potencial produtivo. No entanto, aplicar mais herbicida não significa maior controle e nem maior produção. Muito pelo contrário.  Quando a dose é aplicada acima da recomendada, normalmente a cultura acaba sofrendo danos de fitotoxicidade, devido à absorção do herbicida, e quando aplicado abaixo da quantidade recomendada, pode reduzir a eficiência do produto e causar competição entre a cultura e as plantas daninhas por água, luz e nutrientes. A tecnologia do HTV atua exatamente neste ponto, ou seja, aplicando a dose necessária para cada ponto da área plantada, de forma eficiente.