Publicado em: 27/06/2014 às 19:20hs
Especialistas acreditam que essa modalidade de negócios terá uma grande fatia do mercado neste ano, principalmente em virtude do endividamento do setor. Mas o diretor Industrial do grupo Vale do Verdão, Hélio Belai, destaca que essa opção caberá majoritariamente a quem não tem capital para aquisições de equipamentos ou não tem crédito. “A margem de lucro da empresa diminui quando se aumenta as locações pelas usinas”, explica.
Vantagens em alugar
Facilitado pelo baixo investimento inicial, o mercado de rental se torna cada dia mais atrativo. Para o diretor da Alusolda, Paulo César Bessa de Lima, alugar equipamentos representa não reduzir o capital de giro da empresa. “A segunda virtude do aluguel para as empresas é a contabilidade no lucro real. Podem aproveitar o valor do aluguel para abater quatro impostos federais: os 9,25% do Pis/Cofins, os 9% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Csll) e 15% do IRPJ “, explica. Ele exemplifica que em uma parcela de R$ 100 mil de locação, se abatida no mês seguinte, resulta em uma redução de 33,25% deste valor em impostos federais.
Outra vantagem apontada é o baixo investimento inicial. O usineiro requisita os equipamentos na medida exata das necessidades, diminuindo os custos variáveis. “Elimina-se o risco de ociosidade. As empresas locam os equipamentos para ter facilidade de uso e economia de tempo e serviços personalizados”, complementa.
A manutenção de custo zero é outra facilidade. Além do suporte e atendimento técnico mais rápido e a locação por tempo flexível, adaptada à necessidade do cliente.
Outra opção sugerida pelo diretor da Alusolda para aquisição de equipamentos é o leasing, contrato denominado na legislação brasileira como ‘arrendamento mercantil’. “Pode-se aproveitar os mesmos créditos da locação. Neste caso, há ganho nos tributos e se perde na manutenção”, complementa.
Qual é o melhor?
O diretor industrial Hélio Belai é bem realista e analisa que a escolha de como adquirir um equipamento depende da saúde financeira da unidade. O setor sucroenergético se destaca quando o assunto é aluguel de maquinário. Os motivos de locar são normalmente falta de garantia para aquisições ou, em outros casos, a política contábil da empresa, que justifica a locação. “Nosso setor lidera por falta de garantia para uma aquisição via financiamento”, analisa.
O gerente de vendas Massey Ferguson, Eduardo Nunes, afirma que alugar ou financiar são opções que devem ser analisadas. Deve-se considerar o planejamento financeiro da empresa, determinar o tipo de geração de caixa da empresa e se possui fluxo mensal ou sazonal, entre outros.
“O aluguel de máquinas é classificado como despesas e traz alguns benefícios, mas, por outro lado, a máquina financiada é adicionada ao ativo da empresa e se consegue utilizar o beneficio da depreciação contábil”, explica. Para ele, existem outras diferenças que merecem uma análise detalhada da empresa, para ver qual melhor se encaixa no seu perfil.
Receios
Devido às dificuldades atuais, Belai deixa claro que a usina deve ter precaução na contratação de equipamento por aluguel. Entre os cuidados sugeridos por ele destaca-se a fixação antecipada dos valores do material locado. “Nossos produtos são commodities, os preços são parecidos. A não ser empresas que fixam seus preços antecipadamente e garantem uma margem menor, porém com retorno garantido”, finaliza.
Fonte: Canal-Jornal da Bioenergia
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