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Produtores decidem não pagar aumento abusivo de taxas para a Agrodefesa em GO

Os produtores de soja de Rio Verde, em Goiás, decidiram não pagar mais as taxas para a Agrodefesa


Publicado em: 18/11/2013 às 14:40hs

Produtores decidem não pagar aumento abusivo de taxas para a Agrodefesa em GO

A decisão foi tomada em assembleia geral realizada pelo Sindicato Rural do município.

O decreto de nº 7.965, instituindo a cobrança, foi assinado em 21 de agosto passado pelo governador do Estado e prevê cadastro de produtores para, em seguida, realizar cobrança de taxas. Os valores previstos são de R$ 50 para até 100 hectares de plantação e, acima desta área, acréscimo de R$ 0,50 por hectare. A decisão foi de não realizar o cadastro do órgão.

Plantio

Com uma área plantada de aproximadamente 300 mil hectares de soja, o município de Rio Verde é responsável por 10% do plantio de soja do Estado. Esta é apenas a primeira cidade a se manifestar, outros municípios como Cabeceiras, Jataí e Goiatuba realizarão assembleias, em seus Sindicatos Rurais, nas próximas semanas, e devem optar pela mesma decisão. Em Cabeceiras, a área plantada de soja soma mais de 35 mil hectares.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) já encaminhou ao governador um ofício solicitando à suspensão dos decretos Nº 7887 e Nº 7888 de 22 de maio de 2013 e do decreto Nº 7965 de 21 de agosto de 2013, que reajustam tais taxas. Conforme o ofício, esta suspensão deverá ser válida até que o governo e as entidades criem um plano estruturado e que venha a atender as necessidades tanto da Agrodefesa quanto do setor agrícola e pecuário do estado goiano.

No total, três decretos da Agência prevêem pagamentos de taxas para pecuária de corte, vegetais e outros plantios. Para o abate, por exemplo, a taxa por cabeça subiu de R$ 0,50 para R$ 1,25, um aumento de 150%. A porcentagem é maior que o aumento do IGPM acumulado entre os anos de 2002 e 2013, que foi de 85,73%. No primeiro semestre de 2013, Goiás abateu 2,1 milhões de cabeças de gado e, se a média permanecer, os pecuaristas devem pagar, no próximo semestre, valor equivalente a R$ 2,7 milhões em impostos.

Fonte: O Popular

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