SAFRAS projeta uma retração de 3% na produção de cereais, somando 101,286 milhões de toneladas, contra 104,484 milhões da temporada anterior. Destaque para o crescimento de 18% na safra de trigo. A safra de arroz deverá crescer 1%, enquanto a produção de milho poderá cair 5%.

Para as oleaginosas, há a previsão de um aumento de 8%, com a produção passando de 84,748 milhões para 91,294 milhões de toneladas. O destaque é a alta de 7% na safra de soja, que totalizaria 88,172 milhões de toneladas.

Segundo o analista associado de SAFRAS & Mercado, Flávio França Júnior, grande parte dessa melhor sinalização vem pela combinação de preços médios parciais melhores em algumas culturas importantes, como o trigo, o algodão, o arroz e o feijão. E mesmo a soja, que tem preços médios mais baixos, ainda mostra valores elevados e bem acima da média. Portanto, recuo mesmo, só no milho.

No lado da produtividade o sentimento é também positivo, acompanhando o novo aumento esperado na utilização de insumos, com destaque para os fertilizantes, calcário, defensivo e sementes, com avanços que devem oscilar de 4 a 6%.

E mesmo pelo lado do clima, apesar de todas as incertezas inerentes ao processo, o sentimento é mais positivo do que negativo, caso de confirmem os prognósticos de neutralidade climática para a temporada.