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PR: Agricultores se sentem desestimulados

No sul paranaense, um dos maiores polos de produção de feijão do Estado, a situação segue crítica


Publicado em: 12/08/2014 às 18:00hs

PR: Agricultores se sentem desestimulados

Alberto Santin, gerente de comercialização da cooperativa Coopertradição, localizada em Pato Branco, avalia que o preço médio recebido pelo produtor tem ficado na casa dos R$ 45 a saca. "Já pedimos os recursos de AGF (Programa de Aquisições do Governo Federal) que ainda não chegaram", lamenta o gerente.

Mesmo assim, a chegada dos recursos deve servir para atender apenas 15% do que foi produzido. Procurei canalizar um pouco para cada um o recurso para beneficiar um maior número de produtores. Ao todo, a cooperativa conta com 112 produtores de feijão. Segundo Santin, o recurso ainda não foi disponibilizado por causa da não liberação de alguns documentos.

Santin teme que essa demora no processo prejudique ainda mais os agricultores devido à perda de qualidade que ocorre quando o produto fica armazenado por muito tempo. Ao todo, foram liberados R$ 2 milhões pelo sistema de AGF, mas o gerente avalia que o mínimo para dar um suporte para os agricultores seria de R$ 8 milhões. "Por causa da crise, muitos agricultores devem deixar de plantar feijão", lamenta Santin. A cooperativa planta em torno de 9 mil hectares de feijão.

Outro lado

Quem está se beneficiando com essa alta oferta de feijão é o consumidor. Em julho, por exemplo, o valor do quilo do feijão cor fechou o mês com média de R$ 3,04, contra R$ 5,45/kg registrado em julho de 2013.

Fonte: Folha Web

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