Publicado em: 06/05/2025 às 11:55hs
A cidade de Perdizes, na região de Araxá (MG), acaba de registrar um marco para a agroindústria local: a queijaria Santo Pingo, comandada pelo produtor Caio César Sanson Miguel, tornou-se a primeira do município a obter a habilitação sanitária junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O empreendimento também conquistou o Selo Arte, que permite a comercialização do Queijo Minas Artesanal em todo o território nacional. O processo contou com o suporte técnico da Emater-MG, reforçando a importância da assistência rural para a valorização dos produtos artesanais mineiros.
Responsável pela queijaria Santo Pingo, Caio César Sanson Miguel alcançou uma conquista inédita em Perdizes ao obter a habilitação sanitária de seu estabelecimento junto ao IMA. Além disso, o produtor recebeu a concessão do Selo Arte, que autoriza a venda interestadual do Queijo Minas Artesanal, agregando valor e ampliando o alcance do seu produto.
Durante toda a jornada de habilitação, finalizada em abril, Caio contou com o suporte da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). A extensionista agropecuária Aline Borges Torino, responsável pelo escritório local em Perdizes, lembra que a trajetória do produtor teve início há três anos, quando ele assumiu a propriedade rural por meio da sucessão familiar.
“Os primeiros passos envolveram orientações sobre crédito rural para estruturar a pecuária leiteira. É gratificante ver os produtores nos procurarem no início das atividades, reconhecendo a credibilidade do nosso trabalho”, destacou a técnica.
A produção de queijos começou em 2023, inicialmente voltada apenas para o consumo familiar. No entanto, diante dos elogios recebidos pela qualidade do produto, Caio decidiu se especializar. Com a orientação da Emater-MG, deu início a uma série de adequações, que incluíram:
Hoje, a queijaria tem capacidade para produzir 20 peças de queijo por dia.
Para o produtor, a conquista representa a superação de um grande desafio. “Quando me encantei com a arte de fazer queijo, meu sonho era produzir algo que qualquer pessoa pudesse apreciar com segurança. Agora isso é realidade, com um produto de qualidade, respeitando o meio ambiente e com equipe capacitada. Sem o apoio da extensão rural, isso não seria possível”, comemora Caio César.
A conquista da queijaria Santo Pingo é também um resultado do trabalho da Rede de Assistência Técnica e Extensão Rural em Queijos Artesanais da Emater-MG. Segundo a extensionista Lilian Cristina Andrade de Araújo, cada novo registro reforça a preservação de um patrimônio cultural.
“O recente reconhecimento, pela Unesco, dos modos de fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio cultural imaterial da humanidade dá ainda mais importância a esse trabalho. Estamos orgulhosos de contribuir para o crescimento dos produtores e para a valorização desse saber tradicional”, ressaltou.
A equipe técnica acompanhou todas as etapas: desde o projeto de construção da queijaria até os processos de rotulagem, elaboração de procedimentos operacionais padrão e criação de mecanismos de rastreabilidade do produto.
Conforme o Decreto nº 48.024, o Queijo Minas Artesanal é aquele produzido com leite integral fresco e cru, apresentando características próprias de identidade e qualidade. O reconhecimento legal e cultural dessa produção fortalece a economia local e valoriza o trabalho dos pequenos produtores rurais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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