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Pecuaristas recebem informações e noticia de cenário positivo para o mercado

O cenário da pecuária no Brasil e no mundo foi abordado durante o 1º Simpósio de Pecuária de Corte realizado na noite desta quinta-feira, em Rondonópolis


Publicado em: 11/05/2015 às 16:40hs

Pecuaristas recebem informações e noticia de cenário positivo para o mercado

O cenário da pecuária no Brasil e no mundo foi abordado durante o 1º Simpósio de Pecuária de Corte realizado na noite desta quinta-feira, em Rondonópolis. De acordo com o doutor e pesquisador da Universidade de São Paulo, Ed Hoffmann Madureira, um dos maiores desafios dos pecuaristas brasileiros é aumentar a produtividade do rebanho, o maior em número no ranking mundial, mas que ainda fica atrás dos Estados Unidos quando o assunto é a produtividade.

“O pecuarista deve estar atento a três fatores principais: a taxa de natalidade do rebanho, ou seja, maior número de bezerros. Segundo, ter bezerros com ganho médio o maior possível, e terceiro ponto: buscar ter a carcaça de ótima qualidade. Para isso, o manejo na propriedade tem que ser cada vez melhor, pois o consumidor tem sido cada vez mais exigente”, disse o doutor durante a palestra que abriu o Simpósio.

Segundo ele, para isso a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) vai continuar sendo uma grande aliada dos pecuaristas. “Os protocolos vêm sendo aprimorados. Em 2002, foram praticadas cerca de 600 mil IATF. Em 2006, foram 2 milhões e, desde então, ela vem sendo utilizada de maneira crescente, perfazendo algo em torno de 10 milhões de IATF em 2014”, afirmou o pesquisador.

Para Ed, os pecuaristas podem e devem tirar melhor proveito da tecnologia. “É preciso investir na sanidade na propriedade, na nutrição e na capacidade de recursos humanos, para que a inseminação possa ser melhor para o produtor, e assim produzir carne de qualidade e a rentabilidade da pecuária ser ainda maior”, avaliou.

Maior investimento, melhor lucratividade, mesmo em tempos que a economia demonstra desaceleração, segundo avaliação de Leonardo Alencar, da Minerva Foods. Ele proferiu a segunda palestra da noite e afirmou: a curto prazo, 2015 é um ano desafiador, mas a longo prazo o Brasil terá vantagens no mercado mundial. Segundo ele, a economia brasileira em desaceleração é um fator de preocupação, exigindo uma diversificação na área comercial e foco em canais com maior resiliência.

“Estamos no período de safra, e maio temos maior oferta o que faz com que os preços caiam. Tem o fator climático, quando as pastagens começam a secar e a capacidade de retenção do animal é afetada o que força a venda. Mas o ano como um todo promete preços melhores, porque a expectativa é de abate menor. A médio e longo prazo o cenário é excelente, visto que até 2050 deve-se atingir 9 bilhões de pessoas, o que significa necessidade de aumento na produção de alimentos, O consumo deve chegar a 40%, e só de carnes em 85% até 2050. O Brasil tem potencial para isso, todos os recursos naturais disponíveis, técnica, ou seja, temos todas as ferramentas nas mãos”, avaliou Alencar.

Com o auditório lotado, os organizadores avaliaram como positivo o 1º Simpósio, voltado especificamente para os pecuaristas. “O pecuarista está procurando inovar, está em busca de se adequar ao mercado. A prova disso foi o auditório lotado. Estamos satisfeitos com o resultado e acreditamos que eles saíram mais motivados”, afirmou Ailon Arruda, proprietário da Zoofértil, que realizou o evento em parceria com a empresa Ourofino.

“Nosso objetivo foi trazer pessoas que estão envolvidas no desenvolvimento de tecnologias como o professor Ed, e trazer essa questão de mercado. Somos voltados para a produtividade e trouxemos pessoas isentas para dar esse testemunho de como a tecnologia é uma grande aliada do produtor”, disse Marcus Buso, da Ourofino.

Para Leonardo Alencar, o setor ainda é carente de informações e eventos como o Simpósio é a oportunidade de unir vários elos da cadeia produtiva para a troca de conhecimento. “Isso mostra que temos que aliar mais o lado da produção com o consumidor final, é um avanço”, disse.

“Reunir esses grupos é fundamental para que as discussões e ideias surjam e as soluções levantadas. Avalio como extremamente importante e produtivo esse encontro”, afirmou o pesquisador e doutor da USP, Hoffmann Madureira.

 

Fonte: Pauta Pronta Comunicação Corporativa

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