Nos dias 30 e 31 de outubro, olivicultores gaúchos terão a oportunidade de receber representantes do Comitê Oleícola Internacional (COI) no Rio Grande do Sul. O objetivo da visita é apresentar uma campanha liderada pelo conselho, que visa incentivar o consumo de azeite de oliva extravirgem entre os brasileiros, em parceria com o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e seus associados.

A missão internacional visitará produtores nas cidades de Caçapava do Sul, Cachoeira do Sul e Restinga Seca. No dia 31 de outubro, a comitiva, liderada pelo diretor executivo do COI, Jaime Lilio, apresentará as ações de uma campanha que se estenderá por quatro anos, com um investimento total de 520 mil euros. O interesse do COI no Brasil se justifica pelo fato de o país ser o segundo maior consumidor de azeite extravirgem no mundo.

O COI reúne países produtores de azeite de oliva de várias regiões do planeta. Embora o Brasil não integre o conselho, uma vez que sua produção ainda é considerada uma novidade no mercado, o Ibraoliva acredita que a inclusão do país no COI é urgente e necessária. O azeite extravirgem brasileiro é reconhecido como um dos melhores do mundo, e os produtores nacionais necessitam de representação no COI.

Flávio Obino Filho, vice-presidente do Ibraoliva, destaca que a visita dos representantes do COI ao Rio Grande do Sul é um reflexo da qualidade reconhecida do azeite brasileiro no mercado internacional. Ele menciona as recentes premiações conquistadas por azeites brasileiros no Concurso Mário Solinas, promovido pelo COI, e no Flos Olei, uma referência global em azeites de qualidade. “Os produtores gaúchos apoiam a campanha para incentivar o consumo de azeite no Brasil, mas esperam o auxílio do COI para a formação de mais painéis de análise sensorial no país, que permitam uma melhor classificação dos produtos nacionais e importados”, acrescentou Obino. Ele enfatiza que a luta dos produtores brasileiros deve ser pela qualidade do azeite, garantindo que se trate de azeite extravirgem genuíno.

Obino Filho também menciona que a Arábia Saudita e o Azerbaijão foram integrados ao COI em 2023, enquanto a Bósnia e a Líbia estão finalizando as formalidades para sua inclusão. Em relação ao Brasil, ele destaca que o secretário do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, manifestou interesse na adesão ao COI, e os produtores esperam que a visita da missão ao país acelere esse processo de integração.