No último levantamento de safra divulgado ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou mais uma vez a produção estadual para cima, que passou de 45,73 milhões t em agosto, para atuais 45,88 milhões. No ano passado, foram colhidas 40,37 milhões. A adição mensal de cerca de 150 mil t foi necessária em função da boa produtividade do milho segunda safra. Com este saldo, o Estado se consolida por mais um ano-safra como o maior produtor nacional de grãos e fibras.

O levantamento mostra ainda que o Centro-Oeste contabiliza produção de 77,61 milhões t, incremento anual de 9%. De todo volume colhido na região, o Estado é responsável por 59%. No país, Mato Grosso repete participação de 25% sobre os 187 milhões ofertados no período.

O destaque da safra 2012/13 foi mesmo o milho. O cereal respondeu sozinho por 42% da produção estadual, ante uma participação de 37% no ano passado. No país, Mato Grosso colhendo apenas o milho em segunda safra, conseguiu responder também por 42% da produção de inverno, ante 38% no ciclo passado. O Paraná, que sempre liderou a oferta nacional soma 17,64 milhões t nas lavouras de verão e de inverno. Optando pelo plantio do cereal apenas na safrinha, os produtores mato-grossenses colheram pelo segundo ano consecutivo mais uma supersafra, 19,35 milhões t, avanço de 28,8% sobre as 15 milhões t da safra anterior. A área cultivada também teve avanços no Estado. Conforme a Conab foram semeados 3,34 milhões de hectares (ha), maior superfície da história e que supera o recorde anterior de 2,64 milhões, alta anual de 26,6%.

O Brasil, na safrinha, colheu 46,17 milhões t, das quais 19,35 milhões saíram de Mato Grosso.

CULTURAS – Sobre o saldo das safras de soja, que segue sendo o carro-chefe do agronegócio estadual, e arroz a Conab não trouxe alterações em relação ao penúltimo levantamento de safra, divulgado no início do mês passado. A sojicultura fecha com recordes de área e produção e mantendo a liderança nacional. A oferta ficou em 23,53 milhões t, 7,7% de incremento anual, e a área cultivada em 7,81 milhões ha, ou, 12% sobre 2011/12. Na rizicultura o ano foi de recuperação. Depois de atingir a menor área plantada de história no Estado, 143 mil ha, a superfície avançou para 166 mil, ganho de 16%, e a produção, também baixista, saiu de 461 mil t para 528 mil t, alta de 14,5%. O algodão, cuja maior oferta nacional vem do Estado, teve leve revisão em relação a agosto e deve fechar com produção de 858,8 mil t de pluma, ante 697,2 mil do mês passado, mas 31% menor que no ano passado.