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Nestlé amplia agricultura regenerativa para cereais e reduz emissões em mais de 20%

Projeto chega a Goiás e Paraná com foco em aveia, trigo e milho


Publicado em: 26/09/2025 às 14:00hs

Nestlé amplia agricultura regenerativa para cereais e reduz emissões em mais de 20%

A Nestlé Brasil avança na expansão de sua estratégia de sustentabilidade no campo. Além das cadeias já consolidadas de cacau, leite e café, a companhia passou a investir em projetos de agricultura regenerativa para a produção de cereais. O programa foi implantado em oito fazendas parceiras nos estados de Goiás e Paraná, abrangendo 1.980 hectares de cultivo de aveia, trigo e milho.

Os resultados já são expressivos: houve redução superior a 20% na pegada de carbono das culturas, reforçando o impacto positivo da iniciativa.

Apoio técnico e subsídio para produtores rurais

Nos três primeiros anos de adesão, os produtores participantes recebem orientação técnica da Agrobiota para a aplicação das práticas regenerativas, além de um subsídio financeiro da Nestlé destinado à aquisição de insumos como mix de cobertura e bioinsumos.

“Criamos áreas demonstrativas dentro das propriedades para que os agricultores vejam os benefícios na prática e expandam gradualmente a adoção dessas técnicas”, explica João Roque Araújo, coordenador agrícola da Nestlé para a cadeia de cereais.

Práticas sustentáveis fortalecem solo e biodiversidade

Entre as medidas implementadas estão a rotação de culturas, uso de plantas de cobertura, aplicação de fertilizantes nitrogenados estabilizados, adoção de bioinsumos e manejo integrado de pragas e doenças, com foco na redução de defensivos químicos.

Segundo João Araújo, a área dedicada às plantas de cobertura mais que dobrou em dois anos de projeto. Além disso, a diversidade de culturas em rotação alcançou quatro cultivos diferentes no período de três anos, o que fortalece a saúde do solo e aumenta a biodiversidade.

Monitoramento com ferramentas globais

Para mensurar os avanços, a Nestlé utiliza duas ferramentas: a Farm Assessment Tool (FAT), que avalia o nível de adoção da agricultura regenerativa nas fazendas, e a Cool Farm Tool (CFT), que mede a pegada de carbono. Os dados da safra de 2024 indicaram uma redução superior a 20% nas emissões em relação ao ciclo anterior.

Meta superada antes do previsto

Atualmente, 41% das principais matérias-primas da Nestlé Brasil — cacau, leite e café — já vêm de propriedades que adotam práticas regenerativas, índice que ultrapassa com antecedência a meta de 30% estabelecida para 2025.

“Hoje, 70% das nossas emissões estão ligadas à produção dos ingredientes, principalmente nas cadeias de leite, cacau e café. A transição para sistemas regenerativos é essencial não apenas para descarbonizar as cadeias, mas também para tornar a agricultura mais resiliente diante das mudanças climáticas”, afirma Barbara Sollero, head de Agricultura Regenerativa da Nestlé Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

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