Publicado em: 08/05/2025 às 07:30hs
Teve início nesta semana a sétima edição da Academia de Liderança para Mulheres do Agronegócio (ALMA), programa desenvolvido pela Corteva Agriscience em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e a FIA Business School. Criado em 2018, o projeto tem como missão impulsionar a participação feminina no setor agropecuário, por meio de formação técnica, desenvolvimento de competências de liderança e estímulo à transformação do setor a partir da diversidade.
Desde sua criação, a ALMA já formou mais de 500 mulheres, muitas das quais hoje ocupam posições de destaque em suas propriedades, empresas ou instituições ligadas ao agro. A aula inaugural da atual edição foi realizada online na última terça-feira (29) e contou com participantes de todas as regiões do Brasil. O encontro teve como destaque a palestra da executiva Silmara Olívio, profissional com mais de 35 anos de experiência em empresas como Coca-Cola e FEMSA. O evento também incluiu depoimentos de ex-alunas, que compartilharam histórias de sucesso e transformação.
O aumento da presença das mulheres no campo é evidenciado por pesquisas recentes. Um levantamento do Cepea, em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), aponta que aproximadamente 11 milhões de mulheres atuam no agronegócio. Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que elas comandam cerca de 30 milhões de hectares no país — o equivalente a 8,5% da área total de sítios e fazendas.
A edição de 2024 da ALMA traz um conteúdo especialmente elaborado para atender às demandas atuais do agronegócio. A turma iniciante é composta por 100 mulheres que participarão de quatro módulos temáticos abordando inovação tecnológica, gestão estratégica, governança e sustentabilidade. Já o grupo de veteranas, com 122 mulheres, optou por concentrar seus estudos no tema “desenvolvimento de pessoas”. Um dos diferenciais do programa é a mentoria especializada, que oferece um espaço valioso para troca de experiências entre alunas e lideranças do setor.
Com duração anual, a ALMA é composta por aulas quinzenais, master classes e atividades práticas. Entre os meses de maio e setembro, as participantes terão módulos de sete horas dedicados à elaboração de projetos, sob orientação de professoras da FIA Business School. Os projetos visam encontrar soluções para desafios reais do setor agropecuário e serão apresentados na Jornada ALMA, evento presencial previsto para outubro, em São Paulo (SP).
Para Rosemeire dos Santos, líder de Relações Governamentais para Proteção de Cultivos e Biológicos da Corteva e uma das idealizadoras da ALMA, o programa tem papel essencial no fortalecimento da atuação feminina no campo. “Seguimos neste ano abrindo novas oportunidades de aperfeiçoamento na ALMA para que as mulheres do agronegócio tenham mais protagonismo e conquistem novos espaços”, afirma.
Christiane Leles Rezende, coordenadora pedagógica da ALMA e representante da FIA Business School, também destaca o impacto do programa. “A ALMA é motivo de orgulho para a FIA por sua contribuição na formação de lideranças femininas no agro. Os conteúdos são elaborados com base nos desafios enfrentados pelas produtoras rurais que lideram pessoas e negócios no campo”, afirma.
A diretora-executiva da ABAG, Gislaine Balbinot, enfatiza o crescimento da atuação feminina em toda a cadeia produtiva. “Engenheiras agrônomas, pesquisadoras, técnicas, administradoras, operadoras de máquinas e produtoras têm contribuído para o avanço do setor com produtividade e sustentabilidade. O caminho trilhado pelas mulheres é sólido e promissor”, destaca. Para ela, iniciativas como a ALMA são fundamentais para garantir que o agronegócio brasileiro continue a crescer com base na diversidade, competência e liderança das mulheres.
Fonte: Portal do Agronegócio
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