Publicado em: 07/11/2025 às 09:30hs
A Ambev registrou um lucro líquido de R$ 4,86 bilhões no 3º trimestre de 2025, representando alta de 36,4% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro líquido ajustado subiu 7,4%, atingindo R$ 3,8 bilhões, impulsionado principalmente por menor despesa com imposto de renda, embora tenha sido parcialmente compensado por maior despesa financeira líquida.
Receita líquida recua, mas crescimento orgânico se mantém
A receita líquida no trimestre somou R$ 20,8 bilhões, queda de 5,7% na comparação anual. No entanto, considerando apenas a base orgânica, a empresa reportou crescimento de 1,2%, refletindo resiliência nos preços e na estratégia de gestão de receita por hectolitro.
O ebitda ajustado totalizou R$ 7,06 bilhões, praticamente estável frente ao mesmo período de 2024, com margem ebitda ajustada expandindo 50 pontos base (pb), para 33,9%, enquanto a margem bruta subiu 10 pb, chegando a 51,5%. Segundo a Ambev, os resultados refletem gestão eficiente de custos e despesas e alocação estratégica de recursos.
O volume total de vendas da companhia atingiu 42,4 milhões de hectolitros, com queda orgânica de 5,8%. O recuo foi puxado principalmente pelo Brasil, com -7,9%, dividido entre cerveja (-7,7%) e NAB – não alcoólicos e bebidas (-8,6%).
Outras regiões com desempenho negativo incluíram Canadá (-2,0%) e América Latina Sul (-0,8%), enquanto América Central e Caribe registrou crescimento de 1,3%.
No Brasil, a receita líquida caiu 1,7%, para R$ 11,8 bilhões, e o lucro bruto recuou 2,4%, totalizando R$ 5,8 bilhões. O ebitda ajustado nacional caiu 0,8%, chegando a R$ 3,9 bilhões.
A dívida líquida da Ambev caiu significativamente, passando de R$ 26,4 bilhões no final de 2024 para R$ 16,9 bilhões ao final de setembro de 2025, reforçando a posição financeira da companhia.
O CEO Carlos Lisboa destacou que, apesar da fraqueza em alguns mercados, a execução consistente da estratégia da Ambev manteve a performance:
“O terceiro trimestre seguiu dinâmico, com indústrias apresentando sinais de fraqueza. Nossa estratégia fortaleceu as marcas e resultou em crescimento de dígito baixo do ebitda ajustado, com expansão de margem.”
A diretoria também enfatizou que, nos primeiros nove meses de 2025, o ebitda ajustado cresceu 7,6%, com expansão de margem de 120 pb, enquanto o lucro por ação ajustado (LPA) subiu 7,3%. A receita líquida apresentou crescimento de 3,7%, impulsionada pela premiumização e gestão de receita por hectolitro.
Segundo a administração, os resultados refletem a força do portfólio e a estratégia baseada em três pilares: liderar e expandir categorias, digitalizar e monetizar o ecossistema, e otimizar o negócio, permitindo à empresa enfrentar desafios de curto prazo enquanto continua investindo no crescimento sustentável.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias