Publicado em: 19/05/2025 às 08:00hs
A JBS deu um passo importante no compromisso com a sustentabilidade na pecuária da Amazônia Legal, ao alcançar 98,23% de conformidade na segunda rodada de auditoria do Protocolo de Monitoramento Boi na Linha. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Ministério Público Federal (MPF), representa o melhor desempenho já registrado pela companhia e sinaliza a possibilidade de atingir 100% de conformidade na próxima avaliação.
O levantamento foi conduzido pela consultoria Grant Thornton, entre 20 de setembro de 2023 e 15 de março de 2024, e considerou as compras realizadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2022. Pela segunda vez, o MPF consolidou os resultados dos estados do Pará, Rondônia, Acre, Mato Grosso e Tocantins – este último estreando na auditoria. Também foi apresentado o desempenho no Amazonas, onde a JBS não possui unidades de processamento de bovinos.
Confira os percentuais de conformidade da JBS em cada estado auditado:
De acordo com a companhia, se não fossem os entraves documentais, o índice de não conformidade, hoje em 1,77%, poderia ter sido reduzido para apenas 0,27%. A JBS reforça que está intensificando a gestão documental, exigindo, por exemplo, que os protocolos de regularização ambiental (PRA) estejam acompanhados de termos de compromisso assinados — exigência em vigor desde novembro de 2021 — e aprimorando os registros relacionados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Auditoria segue critérios rigorosos estabelecidos pelo Protocolo Boi na Linha
O processo de verificação seguiu as diretrizes do Protocolo de Auditoria do Boi na Linha, que define os critérios e orientações da análise. A auditoria foi realizada por amostragem, com exceção dos casos de arrendamento de terras e da verificação da lista de trabalho escravo, cujos dados foram avaliados integralmente com base nas Guias de Trânsito Animal (GTAs).
A JBS utiliza, há mais de uma década, um sistema de monitoramento geoespacial que verifica se seus fornecedores respeitam critérios socioambientais. Entre as exigências estão a proibição de atividades em áreas desmatadas ilegalmente, terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas. Além disso, os fornecedores não podem utilizar mão de obra análoga à escravidão ou possuir embargos ambientais.
A companhia apoia a iniciativa do MPF de harmonizar o processo de auditoria entre os estados do bioma Amazônia e defende que todas as empresas signatárias do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Carne, bem como aquelas que ainda não aderiram ao acordo setorial, também sejam submetidas à fiscalização.
“Nenhuma empresa, sozinha, vai resolver as questões socioambientais na Amazônia. Se as milhares de fazendas eventualmente bloqueadas continuarem vendendo para quem está fora do acordo, haverá uma lacuna importante. É preciso que o setor adote regras universais”, reforçou Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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