Publicado em: 17/10/2024 às 09:30hs
Recentemente, o Brasil enfrentou um aumento nos preços dos alimentos, impulsionado por fatores climáticos como a estiagem e o tempo seco. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado hoje, o segmento de Alimentação e Bebidas registrou uma alta de 0,50% no último mês. Enquanto as hortaliças apresentaram uma queda de 2,19%, as frutas tiveram um aumento significativo de 2,79%, destacando-se o mamão (+10,34%) e a laranja-pera (+10,02%).
Com a variabilidade climática se tornando cada vez mais intensa, afetando especialmente a produção de frutas, legumes e verduras (FLV), o varejo se vê na necessidade de investir em soluções tecnológicas que melhorem a gestão de estoques e reduzam o desperdício de alimentos, que podem se tornar mais escassos. A diminuição da disponibilidade de produtos devido aos efeitos climáticos impacta não apenas a oferta, mas também os custos ao longo de toda a cadeia de suprimentos.
Nesse contexto, o uso de inteligência artificial (IA) permite prever a demanda de forma mais precisa, possibilitando identificar como a disponibilidade de alimentos influencia os preços para o consumidor. Dessa maneira, os pedidos do varejo podem ser feitos de maneira mais assertiva, ajustando-se conforme as variações de preço. Essa abordagem ajuda a evitar o excesso de estoque nos supermercados, diminuindo as chances de falta de produtos no campo e reduzindo o desperdício na ponta devido a erros de planejamento.
A empresa Aravita se destaca nesse cenário, utilizando dados internos e externos, como histórico de vendas, indicadores macroeconômicos e condições climáticas, para alimentar algoritmos que recomendam as melhores práticas de compra de FLV pelos supermercados. Esse sistema de previsão de demanda, gestão preditiva de estoque e simulação de cenários de abastecimento permite que os estoques sejam mantidos de forma otimizada, reduzindo o desperdício de alimentos.
Marco Perlman, CEO da Aravita, ressalta a importância das condições climáticas na gestão de alimentos frescos, que afetam a demanda, qualidade, disponibilidade e preço dos produtos. "O monitoramento dos produtos pelos varejistas se torna ainda mais crítico. Ao otimizar as quantidades a serem compradas, conseguimos simultaneamente reduzir o excesso de alguns itens, como frutas, legumes e verduras, que causam desperdício e prejuízo, e a falta de outros, que resulta em perda de vendas", explica Perlman.
Assim, soluções que aprendem rapidamente e conseguem integrar variáveis complexas se tornam aliadas essenciais para os supermercados, permitindo um controle mais eficiente de seus produtos e assegurando quantidades, qualidade e preços ideais para seus consumidores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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