A formalização de uma parceria entre o Instituto CNA e a Organização Não-Governamental The Nature Conservancy (TNC) para a difusão de tecnologia, acesso ao crédito e assistência técnica aos pecuaristas da região de São Félix do Xingu, no Pará, foi debatida na primeira Oficina de Trabalho sobre questões estratégicas para o produtor. A oficina contou com a presença de representantes do SENAR, do Observatório ABC (FGV) e de técnicos do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF) e do BNDES.

O sudeste do Pará concentra o maior rebanho bovino do Brasil, com 12 milhões de cabeças de gado, mas os pecuaristas enfrentam obstáculos na obtenção de crédito bancário conforme os critérios estabelecidos pelo programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O Coordenador de Agricultura Sustentável da TNC, Francisco Fonseca, afirmou que o grande desafio dos criadores é obter crédito em projetos voltados para aumentar a produtividade dentro área já utilizada, perto de 12 milhões de hectares, sem expandir a fronteira agrícola e preservando o meio ambiente.

Projetos viáveis - No entender do especialista, faltam “projetos com viabilidade técnica, econômica e ambiental capazes de permitir o financiamento bancário”. O objetivo principal da colaboração entre o Instituto CNA e a TNC é a adoção de medidas que orientem os pecuaristas e os próprios técnicos em extensão rural sobre como adotar práticas de agricultura sustentável e de baixa emissão de carbono.

Com essa prioridade, os pecuaristas serão orientados sobre como elaborar projetos com viabilidade econômica e informações técnicas adequadas para a tomada de decisões dentro dos critérios estabelecidos pela agricultura de baixo carbono. Também serão disponibilizadas, aos criadores, informações sobre serviços e ferramentas tecnológicas que permitam elaborar projetos voltados para melhoria de renda do agricultor com proteção ao meio ambiente.