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IICA Brasil apresenta alternativas para articulação da cooperação técnica nacional ao continente

Alinhadas ao Plano de Mediano Plazo 2014-2018 para a atuação do Instituto nas Américas, iniciativas nacionais já geraram mais de 1,2 mil produtos e serviços para as contrapartes no país


Publicado em: 20/08/2014 às 13:30hs

IICA Brasil apresenta alternativas para articulação da cooperação técnica nacional ao continente

A representação do IICA no Brasil definiu uma estratégia para integrar as ações desenvolvidas no país ao Plano de Mediano Plazo (PMP) 2014-2018 do Instituto. O documento que norteia as iniciativas nos 34 países-membros, além do escritório que mantém na Espanha, definiu que as contribuições das representações devem ser mensuráveis e verificáveis e estabeleceu quatro instrumentos de ação, pelos quais ofertará cooperação aos países-membros: Projetos Insígnia (PIs), Projetos Financiados com Recursos Externos (PRE), Ações de Resposta Rápida (ARR) e Fundo de Cooperação Técnica (FonCT, na sigla em espanhol).

Com as mudanças, o IICA pretende desde elevar a capacidade dos sistemas agrícolas e agroalimentares até dotá-los de uma cultura de prevenção de riscos, assim como incrementar a articulação intersetorial entre os órgãos nacionais com ingerência nos territórios rurais de cada país para reduzir a vulnerabilidade econômica de seus habitantes.

As alternativas desenvolvidas para o Brasil foram apresentadas pelo representante do IICA no Brasil, Manuel Otero, ao diretor de Gestão e Integração Regional, Diego Montenegro, e ao diretor de Cooperação Técnica, Salvador Fernandez, em um videoconferência, na terça-feira (13). Também participaram da reunião virtual o coordenador técnico do escritório brasileiro do Instituto, Breno Tiburcio, e os coordenadores de Recursos Naturais e Mudanças Climáticas, Gertjan Beekman; de Desenvolvimento Rural Sustentável, Carlos Miranda; de Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos, Lúcia Maia; além da especialista em Agronegócios, Andrea Restrepo.

Contribuição de 1,2 mil produtos da cooperação técnica

Otero lembrou que “os novos instrumentos previstos no Plano representam uma oportunidade imbatível para um salto de qualidade na direção de um sistema no qual os limites formais entre as unidades do Instituto sejam relativizados”. Ele apontou ainda que a experiência da instituição no Brasil, que gerou cerca de 1,2 mil produtos e serviços em 34 Projetos de Cooperação Técnica em 2013, pode contribuir para a dinâmica dos PI, que são o elemento central para se alcançar as 11 contribuições previstas no PMP para o período entre 2014 e 2018.

O Plano prevê que os PIs se enquadrem em quatro linhas: Competitividade e sustentabilidade das cadeias agrícolas para a segurança alimentar, Inclusão na agricultura e os territórios rurais, Resiliência e gestão integral dos riscos na agricultura e Produtividades e sustentabilidade da agricultura familiar para a segurança alimentar e a economia rural. Segundo o PMP, os PI alcançarão êxito ao articular visões continentais com ações regionais, plurinacionais e nacionais.

Sanidade e sustentabilidade

Na área de Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos, por exemplo, o IICA coopera com o Brasil na articulação com países da fronteira Norte para erradicação da mosca-da-carambola. A praga é considerada a principal barreira sanitária imposta pela União Europeia, Estados Unidos, nações da Ásia e membros do Mercosul a frutas produzidas na região. Além de problemas econômicos aos países exportadores, a presença do inseto tem consequências sociais graves, principalmente nos países vizinhos ao Brasil.

Diversas contribuições brasileiras para a intensificação da agricultura sustentável foram citadas pelo representante para o componente Resiliência e Gestão Integral dos Riscos na Agricultura. Entre as iniciativas citadas estavam o Plano Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), implementado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a cooperação do IICA e o Projeto de Cooperação Técnica Uso Sustentável da Água, desenvolvido com a Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), que fornecerá água para atividades agrícolas na região do Semiárido do estado.

Há ainda, contribuições para a Produtividades e Sustentabilidade da Agricultura Familiar, como o Marketing Place, que financia projetos de pesquisa na América Latina e Caribe e na África e é realizado em parcerica com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Abastecimento (Embrapa); e as Rotas Estratégicas do programa Semear – Gestão do Conhecimento no Semiárido, do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas (Fida) e do IICA, entre outras iniciativas.

Fonte: Comunicação IICA Brasil

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