Publicado em: 27/08/2013 às 17:30hs
O Ibraf, instituto representativo do setor frutícola, que tem como objetivo desenvolver, proteger e defender a fruticultura nacional realizou diversos pleitos que foram protocolados junto aos órgãos competentes do Governo brasileiro, como Ministério da Agricultura e das Relações Exteriores de forma a atender as reivindicações dos produtores de bananas e suas associações, apresentando as ameaças causadas com a abertura do mercado brasileiro para as bananas de origem Equatoriana.
Mercado Brasileiro de bananas
O Brasil é o quinto maior produtor de bananas do mundo, sendo que 99% da produção nacional é comercializada no mercado interno, ou seja, somos auto suficientes na oferta desta fruta ao mercado, além de produzirmos anualmente cerca de 7 milhões de toneladas. A produção de bananas tem um importantíssimo papel social e econômico para o País, e abrange uma área de 505 mil hectares, propicia a geração de mais de 500 mil empregos diretos.
Ameaças
Boa parte da produção brasileira é vinda dos agricultores familiares que dependem unicamente deste comércio para permanecer nesta atividade e como melhoria de renda, que poderão ser prejudicadas pela ação de abertura de mercado para as bananas do Equador.
Ainda que o país vizinho tenha anunciado o cumprimento dos requisitos fitossanitários que o tornam apto a exportar a fruta para o Brasil, de acordo com o que prevê a Organização Mundial do Comércio (OMC), visando assim pressionar as autoridades brasileiras para liberar a importação deste fruto, é importantíssimo ressaltar os riscos que ainda assim será enfrentado pelo Brasil com a introdução de pragas e doenças em nosso território, o que resultaria um enorme prejuízo financeiro para controle dessas enfermidades.
De acordo com o Gerente da área de inteligência Comercial do Ibraf, Engº agrônomo Cloves Ribeiro Neto, “estamos reunindo e mobilizando todos os esforços necessários para que nosso setor não seja novamente penalizado por ações unilaterais de Governo, onde a fruticultura brasileira é a única a perder e o Equador é o único a ganhar, isto não é uma relação comercial justa.”.
Além disso, socialmente o Brasil irá perder inúmeros postos de trabalho nos principais Munícipios produtores, além da falência de muitos pequenos produtores pela baixa competitividade diante da banana importada de alta tecnologia e custos baixos.
Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação IBRAF
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