Gestão

IAC completa 131 anos com três novas patentes

Há também duas novas cultivares, de tangerina e de feijão de tipo especial, que são os primeiros desenvolvidos no Brasil


Publicado em: 29/06/2018 às 07:40hs

IAC completa 131 anos com três novas patentes

O Instituto Agronômico (IAC) comemora 131 anos nesta quarta-feira, 27 de junho de 2018, a partir das 9h, na fazenda Santa Elisa do IAC, em Campinas. Durante a cerimônia, será entregue o Prêmio IAC, que está na 25ª edição. Serão agraciados a pesquisadora Mariângela Cristofani-Yaly e o servidor de apoio, Ronaldo Eduardo da Silva.

Os últimos 12 meses reuniram várias conquistas, dentre elas três invenções do IAC que foram patenteadas junto ao Instituto Nacional de Propriedade Internacional (INPI). Duas patentes têm titularidade exclusiva do IAC e uma tem co-titularidade.

A primeira patente exclusiva do Instituto é referente ao sistema de corte de base pertencente ao ramo de máquinas agrícolas. A tecnologia proposta substitui, na cultura da cana-de-açúcar, o corte por impacto pelo corte por deslizamento, associado ao uso de lâminas serrilhadas. A invenção do IAC reduz os danos causados pelo corte por impacto provocado pelo método até então existente.O novo sistema aumenta a longevidade do canavial, por causar menor dano à soqueira.

A invenção é uma novidade do ponto de vista técnico. “Pode ser adaptado em qualquer colhedora comercial, sem a necessidade de modificações na máquina, apenas trocam-se os discos e as lâminas”, afirma Mello. “O corte por impacto danifica as soqueiras e facilita o ataque de micro-organismos, que prejudicam a rebrota e reduzem a produtividade”, explica o pesquisador responsável pela pesquisa, Roberto da Cunha Mello.

O sistema anterior também prejudica a cana colhida, aumentando o volume de perdas (e o teor de impureza mineral) A tecnologia criada pelo IAC vem atender uma necessidade do Brasil, o maior produtor mundial de cana, que enfrenta perdas de 10% a 15% ocorridas com a colheita mecânica. E o tipo de corte adotado está entre os responsáveis por esses prejuízos.

A segunda patente exclusiva do Instituto refere-se à aplicação da molécula N-acetil-cisteína (NAC) para controle de doença de citros. A partir da descoberta feita pelo IAC, a molécula, conhecida no tratamento de infecções bacterianas nas vias aéreas de humanos, mostrou-se eficiente no controle de fitopatógenos dos citros, incluindo a Xylella fastidiosa e Xanthomonas citri. O ineditismo da pesquisa, conduzida pela pesquisadora Alessandra Alves de Souza, está no fato de o controle não ser feito com defensivos agrícolas convencionais, mas com a molécula N-acetil-cisteína (NAC), que é um análogo do aminoácido cisteína, benéfico para saúde humana. “Essa molécula nunca havia sido testada para combater doenças de plantas e a dose usada na planta é menor que a usada em seres humanos”, diz Alessandra.

Os pesquisadores avaliaram essa molécula como estratégia para inibir ou desagregar o biofilme bacteriano da Xylella fastidiosa, causadora da Clorose Variegada dos Citros (CVC), e o da Xanthomonas citri, causadora do cancro cítrico. O biofilme formado pela bactéria Xanthomonas fica na superfície das folhas e o constituído pela Xylella se instala dentro da planta, nos vasos do xilema.

De acordo com a pesquisadora, no caso da Xanthomonas citri, esse biofilme protege as bactérias de estresses ambientais, entre eles o calor e raios UV, e de compostos antimicrobianos que possam afetar o desenvolvimento da bactéria, dentre eles o cobre, rotineiramente utilizado no controle químico da doença.

A pesquisa buscou uma estratégia para retardar ou inibir a formação desse biofilme nas folhas cítricas antes da infecção, a

Fonte: Assessora de imprensa – IAC

◄ Leia outras notícias