Publicado em: 15/05/2015 às 15:20hs
Em números, as vendas internacionais caíram de US$ 291,5 milhões para US$ 266,1 milhões.
Além de uma opção ao mercado doméstico, retraído diante da economia recessiva do País, a remessa de manufaturados brasileiros ao exterior é uma forma de estimular o aumento da produção e a consequente geração de empregos. Potencial exportador não falta aos municípios do noroeste paulista. Birigui é considerada a capital sul-americana do calçado infantil e se consolida cada vez mais como fabricante de sapatos femininos. Em Araçatuba, há as indústrias de gêneros alimentícios e produtos hospitalares, só para citar algumas. Temos também o forte segmento de carne, com frigoríficos em Andradina, Lins e Promissão.
Auriflama, com sua pujante habilidade para as confecções, já fabricou lingerie e artigos esportivos para grandes marcas. Há ainda as unidades sucroalcooleiras, que, apesar da crise por que passa o setor, também possui potencialidade para ganhar divisas com o açúcar e o etanol. E outros produtos do agronegócio, como a soja e o milho, também produzidos por aqui.
Enfim, competência não falta aos empresários da região para produzir itens que fazem frente à qualidade que o mundo precisa. No entanto, a cultura exportadora ainda é uma realidade distante para grande parte dos empreendedores regionais. Faltam políticas públicas de incentivo e informação sobre o funcionamento do comércio global, principalmente aos pequenos e médios empresários, para incentivá-los a ganhar novos mercados.
Sem contar a catástrofe em que se transformou o Mercosul (Mercado Comum do Sul), assinado em 1991 e formado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, e que, apesar de seus 24 anos de existência, até hoje não decolou, principalmente, pelo desrespeito sistemático de los hermanos aos tratados comerciais de seu bloco econômico.
Se a Argentina promove uma política egoísta de exportação - basta lembrarmos o bloqueio aos calçados brasileiros, inclusive de nossa região, que ficaram meses parados na alfândega à mercê dos caprichos de Cristina Kirchner -, chegou o momento de o governo federal rever sua política de comércio exterior e direcionar esforços para ampliar as negociações com outros países que têm condições de pagar pelos nossos produtos.
Não dá mais para assistir passivamente aos impropérios argentinos, que inclui a importação de produtos chineses em detrimento aos dos coirmãos da América do Sul, e ver a balança comercial brasileira pender para baixo, mês a mês. Regionalmente, as entidades de classe empresariais devem se organizar e buscar, cada vez mais, o fortalecimento e a união em busca de informação e quebra de paradigmas quando o assunto é ganhar o mundo. Porque capacidade nós temos.
Fonte: Jornal Folha da Região
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