Publicado em: 07/01/2025 às 12:30hs
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recentemente lançou o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos, com o objetivo de aprimorar a rastreabilidade dos animais no Brasil, fortalecer os programas de saúde animal e atender às exigências de mercados internacionais. A medida foi amplamente discutida pela Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raças (Febrac), que defendeu a integração das associações de criadores ao programa federal.
O presidente da Febrac, Marcos Tang, destacou o papel das associações na identificação individual de animais, mencionando que estas entidades já realizam o registro de características genéticas, controle leiteiro e análises morfológicas. "As associações não trabalham apenas com rebanhos, mas com o indivíduo, já possuindo uma rastreabilidade através da genealogia e dos resultados de produção. Um animal registrado em sua associação de raça já é rastreável, e isso deve ser validado pelo programa federal", explicou Tang.
Tang ressaltou a importância de reconhecer o trabalho histórico das associações, que, segundo ele, já têm a rastreabilidade implementada em seus registros. "Queremos que o trabalho feito até aqui seja respeitado, pois as associações já garantem a rastreabilidade. O programa federal deve complementar essa estrutura, e não começar do zero", afirmou.
Além disso, a Febrac sugeriu que as associações possam colaborar diretamente com o programa de rastreabilidade, oferecendo seus quadros técnicos como agentes do programa. Com a experiência no campo e o acesso direto às propriedades, os técnicos das associações já realizam atividades como registro genealógico e controle de resultados, e poderiam ser capacitados para implementar a rastreabilidade. "As associações já têm técnicos qualificados que poderiam atuar como agentes treinados, beneficiando tanto o governo quanto os criadores", sugeriu Tang.
O Plano Nacional visa aumentar a eficiência na resposta a surtos epidemiológicos, garantir a segurança alimentar e expandir o acesso aos mercados internacionais. De acordo com o Mapa, a iniciativa segue as melhores práticas globais e tem como objetivo consolidar a imagem do Brasil como líder na produção sustentável e segura de carne.
Para a Febrac, a colaboração entre as associações e o governo federal é essencial para fortalecer o setor de rastreabilidade. "As associações já têm uma base consolidada de dados e acesso aos produtores, o que pode acelerar a implementação do plano e beneficiar todos os envolvidos", concluiu Tang.
Fonte: Portal do Agronegócio
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