Gestão

Faesc preocupada com estabilidade econômica

Não estamos em crise, mas ela está nos espreitando


Publicado em: 03/09/2013 às 08:00hs

Faesc preocupada com estabilidade econômica

Não estamos em crise, mas ela está nos espreitando. A nova política cambial implementada pelo Governo Federal cria um sentimento ambíguo nas lideranças rurais: de um lado, a euforia pela previsível ampliação das exportações, por outro, o temor da retomada do processo inflacionário. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, classifica como indesejável para o País e deletéria para as classes produtoras o retorno da inflação, com os aumentos desenfreados de preços.

-“Esse risco deve ser combatido com respostas rápidas do Governo e da sociedade. O Governo, demonstrando força política e implementando o ajuste fiscal, restabelecendo a confiança dos investidores externos no País e evitando a fuga de capitais; a sociedade, rejeitando aumentos imotivados de preço.”

Pedrozo adverte que a nova situação – com valorização do dólar –  torna inevitável a majoração dos preços  de alguns produtos agrícolas e daqueles que utilizam insumos ou componentes importados. Por isso, explica o sindicalista, é essencial que o Governo gaste menos do que arrecada e restabeleça a confiança dos investidores, evitando um cenário de inflação endêmica, com reajustes incontroláveis.

O presidente da FAESC prevê que as exportações agrícolas serão, em princípio, beneficiadas com a desvalorização no câmbio, pois os produtos nacionais terão preços mais competitivos no exterior. Lembra, contudo, que essas vantagens competitivas atingirão apenas uma parte do setor produtivo. Por outro lado, muitos países reduzirão seus preços para anular a vantagem dos exportadores brasileiros.  

Além disso, grande parte dos agricultores serão atingidos pelo aumento nos preços dos combustíveis e dos insumos importados, como fertilizantes e defensivos. Com isso, muitos produtos agrícolas deverão ficar mais caros no mercado interno.

O dirigente sindical acredita que a elevação dos preços não se estenderá a todos os produtos e deverá ficar em níveis razoáveis: alguns setores têm mais capacidade de repassar custos do que outros e a velocidade dos aumentos dependerá de como o Governo resolver a questão fiscal e a crise econômica.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

◄ Leia outras notícias