Publicado em: 13/08/2013 às 18:50hs
Identificar coeficientes técnicos e a rentabilidade da região para gerar informações aos produtores, que poderão auxiliar na administração da propriedade. Com este objetivo, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) - em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA)-, iniciou na última segunda-feira (12) o levantamento científico dos custos de produção do leite no oeste catarinense. A primeira reunião foi realizada no Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó e participaram produtores que representam a região, gestores de indústrias, técnicos da área e fornecedores de insumos.
A iniciativa integra o projeto “Campo Futuro” da CNA. “O objetivo é identificar as principais regiões produtoras do agronegócio brasileiro, nas mais diversas atividades, gerando informações que poderão ser acompanhadas mensalmente pelos produtores”, explicou o técnico da CNA, Bruno Lucchi. Além disso, a ação auxilia a CNA na elaboração de políticas públicas voltadas ao setor.
O levantamento de dados consiste em identificar o sistema de produção mais comum na região e calcular seus indicadores técnicos e econômicos. Neste ano, o trabalho acontecerá em quatro municípios do Estado: Chapecó, Palmitos, São José do Cedro e Treze Tílias. Lucchi explicou que esta ação foi realizada em 2010, porém apenas nos municípios de Chapecó e São José do Cedro. “Santa Catarina expandiu a produção e por isso foi necessário ampliar a amostra da pesquisa. Este mesmo estudo será desenvolvido em outros 14 Estados brasileiros, porém Santa Catarina é um dos principais por causa de sua importância nacional na produção”, complementou.
De acordo com o analista de mercado do CEPEA, Paulo Moraes Ozaki, a metodologia é aplicada em diversas regiões do País, para elaborar índices técnicos e preços de insumos, manter contatos com as empresas e ter um panorama geral da produção. “O objetivo é entender como funciona o processo produtivo para gerar informação e auxiliar no direcionamento de investimentos”.
Entre as particularidades da região Sul do Brasil no setor estão o emprego de mão de obra familiar, propriedades menores, produtividade maior, gestão da propriedade e leite como gerador de renda familiar. Ozaki realçou que o levantamento econômico também apontará gargalos na propriedade, mostrará alternativas para melhorar e ampliar a produtividade e apontará um diagnóstico.
Para o representante do Conseleite na região oeste do Estado, José Araujo, o projeto é muito importante para subsidiar o setor e os produtores sobre o valor da produção na região. “Chapecó é um polo e a bacia leiteira do Estado está no oeste. Além disso, os produtores do município, em sua maioria, são tecnificados, o que garante o aumento da qualidade e segurança, fatores essências e exigências da indústria”, enfatizou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó, Américo do Nascimento, o projeto iniciou por Chapecó porque o município está em amplo desenvolvimento nesta área e apresenta avanços para dar suporte, a exemplo de técnicos, empresas, instituições de pesquisas e do poder público. “Contamos também com produtores de qualidade que são referência e contribuem para a expansão da atividade”, comentou.
CRONOGRAMA
As atividades iniciaram na segunda-feira (12) com reunião em Chapecó. Na última terça-feira (13), ocorreu encontro em São José do Cedro. Nesta quarta-feira (14), a reunião está prevista pela manhã com produtores em Palmitos. Na quinta-feira (15), a reunião ocorre pela manhã com os produtores de Treze Tílias.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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