Representar e pontuar uma trajetória de oito décadas, relembrando fatos e acontecimentos marcantes, com a responsabilidade de respeitar a grandiosidade de uma entidade que é referência no país e que simboliza a integração de uma legião de apaixonados são os objetivos da Exposição Comemorativa aos 80 anos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).

Composta por documentos, textos, fotos e material interativo, a mostra está aberta ao público no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio/RS, no espaço da raça no boulevard, durante a programação do Bocal de Ouro, que encerra no domingo, dia 22. Nesta sexta-feira, 20 de abril, acontece o coquetel de lançamento a partir das 19h. Mais tarde o conteúdo poderá ser visto em Maringá/PR, entre os dias 11 e 13 de maio, durante a Classificatória ao Freio de Ouro da região 5B e em Pelotas/RS, durante a Classificatória da região 1, entre os dias 18 e 20 de maio.

Com a coordenação geral da ex-presidente e atual secretária da ABCCC Elisabeth Amaral Lemos, roteiro e textos do criador e jornalista Renato Dalto, pesquisa de imagens de Felipe Ulbrich além da expografia, produção e edição de imagens de Fernando e Leandro Vieira, foi reunido um material que resgata os principais momentos da raça e da entidade em sua octogenária existência.

De acordo com a coordenadora, a ideia de expor esse material surgiu em outubro do ano passado quando, por sugestão do presidente da ABCCC Manuel Luis Sarmento, foi organizado um cronograma de atividades alusivas à data. Além da exposição, o aniversário da entidade também foi celebrado em Pelotas, durante a prévia para a Expo FICCC, em março, e será festejado ainda na Expointer, em agosto.

Material exposto resgata evolução da entidade

Baseada em um roteiro, no qual se intenta contar a história da ABCCC, pontuando logicamente cada momento histórico da entidade, a exposição leva os visitantes a um passeio pela evolução do cavalo Crioulo no Brasil. “Mas não é uma coisa restrita às datas, a nossa intenção foi mostrar nos painéis qual era o espírito, quais as inquietações dos criadores em cada década”, esclarece Dalto.

O ponto de partida é a ata de fundação da Associação, com a assinatura de todos os membros integrantes da ocasião, e em seguida passa por períodos significativos do trabalho de seleção, difusão e preservação da raça, até chegar ao momento interativo da mostra - com a representação de uma paleteada no qual estão expostos o feno e a areia da pista, com o som representando a emoção da prova.

De acordo com a coordenadora a mostra possibilita àqueles que não acompanharam os primórdios da Associação conhecer como tudo começou. “Quem viveu aquele tempo sabe da história e pode relembrar o passado, mas muitos jovens criadores que conhecem o cavalo Crioulo pós Freio não sabem tudo o que foi feito até chegarmos ao cavalo que temos hoje, ao Freio de Ouro e ao que hoje é a ABCCC”, diz.

A montagem do conteúdo e materialização do roteiro ficou a cargo de Fernando e Leandro Vieira, da Fernovi Editora. Sobre o trabalho com fotos do arquivo da entidade e documentos históricos, Fernando diz que foi uma responsabilidade e ao mesmo tempo uma satisfação muito grande. “Tentamos equilibrar os elementos com sensibilidade e harmonia, por se tratar da ABCCC e das pessoas envolvidas. Adequamos o material à idéia da mostra e buscamos dar uma contribuição criativa, dinamizando o roteiro sem prejuízos à história da ABCCC”, comenta.