Os fundamentos do mercado vão continuar garantindo boa rentabilidade para a comercialização de soja no curto e médio prazo. Esse foi o diagnóstico dado por Geovano Ceratti, consultor da FCStone durante o Super Agrex, evento técnico e de relacionamento que teve a segunda edição realizada na noite desta quinta-feira (13) em Canarana, Leste de Mato Grosso. O evento faz parte da agenda da Expedição Safra, que retorna ao estado nesta semana para monitorar a condição das lavouras e o andamento da safra.

Cerca de cem pessoas entre técnicos, produtores e profissionais de mercado estiveram reunidos no evento. Ceratti apontou as principais tendências para os mercados de soja e milho no curto e no longo prazo. “Como os estoques nos Estados Unidos continuam apertados a soja tem atingido patamares mais elevados de preços”, contextualizou. O quadro compensa o gasto extra dos produtores mato-grossenses para administrar as atuais limitações logísticas.

No caso do milho, a negociação exige maior cautela. A perspectiva de redução de área prevista para o trio formado por Brasil, Argentina e Estados Unidos deve sustentar os preços, mas não evita uma volatilidade nas cotações no curto prazo. “Para os produtores brasileiros é importante que o rendimento seja cheio para que haja margem”, explica Ceratti. Ele chama a atenção para fatores como a briga por área com culturas como trigo e sorgo, que podem pressionar ainda mais o mercado do cereal.

O Super Agrex tem outras quatro edições agendadas para as próximas semanas, com cobertura in loco do Agronegócio Gazeta do Povo.