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Diagnóstico aplicado pela Emater/RS-Ascar garante recursos a agricultores

Ao sair da cidade em direção ao meio rural de Camaquã, encontram-se, nas margens da Estrada da Vila Aurora, muitas casas com sinais de abandono, formando um novo cenário no interior município localizado na região Centro-Sul do Estado


Publicado em: 13/03/2013 às 16:00hs

Diagnóstico aplicado pela Emater/RS-Ascar garante recursos a agricultores

Muitas das famílias estão deixando a agricultura e indo para a cidade, comenta Tânia Margarete Costa de Vasconcelos, que mora na localidade de Chácara Velha, distrito que fica há 25 quilômetros do centro.

As condições de vida de Tânia e de outros 99 agricultores de Camaquã fazem parte de um diagnóstico aplicado por extensionistas da Emater/RS-Ascar do município e estruturado a partir de visitas e reuniões feitas com famílias que recebem o Bolsa-Família no meio rural.

Os técnicos da Emater/RS-Ascar contataram 100 famílias para a apresentação dos programas RS Mais Renda e Fomento. Através do RS Mais Renda, cada família recebe R$ 50,00 mensais durante o período de um ano, valor subsidiado pelo governo estadual e condicionado à participação nos cursos a serem realizados em 2013/2014.

Pelo Programa Fomento, cada família receberá R$ 2.400,00 (divididos em três parcelas) para investir na propriedade de acordo com o projeto produtivo estruturado conjuntamente entre a família e a Emater/RS-Ascar. A Instituição é executora dos serviços de assistência técnica e extensão rural, e o dinheiro para o projeto é proveniente dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Tânia foi incluída na lista para receber os dois benefícios e avalia como positiva a iniciativa. “Está difícil ter alguma coisa que eu possa plantar e ter lucro. Queria um curso que me ajudasse nisto, que eu pudesse aumentar a minha renda e mudar de vida”, salienta.

A agricultura trabalha dois dias por semana no cultivo de fumo, em lavouras de vizinhos da localidade, que pagam o valor de R$ 30 por dia. Tânia mora com o filho de 11 anos e, a não ser o dinheiro do trabalho na lavoura de fumo, eles se sustentam com a Bolsa-Família de R$ 102 e os produtos oriundos de uma horta feita com muito esmero por ela. “Se não trabalho no fumo, não tenho renda. É por isto que todo mundo está indo para a cidade, para trabalhar em qualquer coisa e ter ao menos uma renda certa”, avalia.

Para os extensionistas da Emater/RS-Ascar em Camaquã, Charlise Nunes e James Roth, os programas possibilitam a visibilidade de pessoas que vivem em condições de extrema pobreza e, até então, não eram atendidas por políticas publicas de inclusão sócio-produtiva. “Acreditamos que isso é o primeiro passo para uma grande mudança nas condições de vida destas famílias”, avalia Charlise.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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