Prova disso foi o resultado do II Prêmio Estadual Conilon Especial: oito entre os dez primeiros colocados da categoria Cereja Descascado são associados a cooperativa. A cerimônia de entrega aconteceu na manhã desta quarta-feira (18), no Pavilhão de Carapina, na Serra.

No total 192 produtores, de 36 municípios capixabas, participaram das duas categorias do Concurso: “Conilon Cereja Descascado” e “Conilon Natural”. Um terço das amostras foi proveniente de associados da Coopeavi. Para a final foram classificadas 160 amostras, todas com notas acima de 80, o que caracteriza os cafés como “Finos”.

Essa etapa do Prêmio distribuiu entre os cinco primeiros colocados das duas categorias R$ 40 mil. O prêmio máximo, na categoria “Conilon Cereja Descascado”, ficou com o cafeicultor cooperado de Afonso Cláudio, João Delpupo. Esse é o segundo prêmio que ele leva para casa esse ano. Em setembro ele faturou o primeiro lugar no Prêmio Pio Corteletti – Conilon Descascado, entregue durante a II Semana Tecnológica do Agronegócio. Na ocasião ele recebeu, com a premiação, em torno de R$ 670,00 por saca inscrita.

“Eu me sinto muito motivado em fazer cada vez mais um café melhor, descasco o café há apenas dois anos e este prêmio é um sinal que estamos, junto com a Coopeavi, trabalhando de forma correta”, afirma Delpulpo.

Já o secretário da Agricultura, Ênio Bergoli, afirma que a qualidade é um requisito para o café permanecer ativo no mercado.

“A qualidade do café por enquanto remunera melhor os cafeicultores, mas, num futuro não muito distante, vai ser determinante na permanência dos cafeicultores no mercado”, afirma Bergoli.

Além de João Delpupo, outros sete cooperados estiveram entre os dez primeiros da categoria Conilon Cereja Descascado: Leonel Rosa (2º lugar), Leonel Luiz Texeira (5º), Vandelino Valdeni Depulpo (6º), José Ribeiro (7º), Altamiro Ludke (8º), José Francisco da Silva (9º) e José Eraldo Delpupo (10º). Na categoria Conilon Natural, o café do cooperado Ozílio Partelli foi classificado como oitavo melhor do Estado.

No início deste mês a Coopeavi distribuiu entre para os produtores detentores dos melhores cafés Arábica R$ 23 mil. O investimento em qualidade não se restringe apenas em premiações, a cooperativa possui o maior corpo técnico privado do Espírito Santo, cerca de 70 profissionais (técnicos agrícolas e agrônomos), em campo transferindo conhecimento para aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos.

“Quando produzimos o café com excelência conquistamos um lugar especial no mercado, além de ter o diferencial no preço do produto. Só quem tem amor e carinho pela atividade consegue fazer esse tipo de trabalho e enfrentar as dificuldades que surgem, como a queda dos preços”, finaliza Argêo Uliana, presidente da Coopeavi.