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Cooperativas agrícolas têm até 30% de prejuízos com estiagem, diz Sescoop/SP

O calor afetou culturas de soja, amendoim, café e milho, entre outros produtos


Publicado em: 07/03/2014 às 14:00hs

Cooperativas agrícolas têm até 30% de prejuízos com estiagem, diz Sescoop/SP

A forte estiagem já causou prejuízos de até 30% nas cooperativas agrícolas segundo avaliação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP). O calor afetou culturas de soja, amendoim, café e milho, entre outros produtos.

“O levantamento foi realizado em três grandes cooperativas, em regiões diferentes do estado de São Paulo, mas mostra a dimensão do impacto da falta de chuva e altas temperaturas que vem marcando esse período do ano”, analisa Flávia Maria Sarto de Oliveira, consultora de Desenvolvimento em Mercados do Sescoop/SP. Segundo ela, a seca afeta não só a quantidade da produção como também a qualidade das culturas produzidas pelas cooperativas agrícolas.

“Nas safras de soja há relatos de sojas esverdeadas resultantes da falta de chuva e altas temperaturas na fase de enchimento dos grãos. Com isso a soja está sendo desvalorizada na hora da venda. Na safra de amendoim, o prejuízo fica entre 20% a 25%.”, explica.

As safras de cana e de amendoim da Coplana (Cooperativa Agroindustrial de Jaboticabal) também foram afetadas pelo clima. José Marcelo Pacífico, gerente das filiais da cooperativa, afirma que a colheita de amendoim teve perda de 20% a 25%. “Para a colheita de cana, que começa no final de março, a expectativa fica um pouco mais abaixo, com 15%. Mais do que a quantidade, estamos preocupados em reparar a perda de qualidade de nossas safras”, disse.

A Cooperativa Agrícola de Capão Bonito (CACB) enfrenta os mesmos problemas na avaliação de Emílio Kenji, presidente da corporação. “A seca afetou principalmente a plantação de milho. Algumas áreas que se encontram em fase de plantio ainda não foram afetadas, mas a cultura semeada foi prejudicada justamente na fase de polinização. Estimamos perda de 30% no total das lavouras.”

A Coopinhal (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal) também calcula prejuízos na lavoura do café. A seca afetou a granação, fase de formação dos grãos. Celso Scanavachi, do departamento técnico e agrônomo, explica que essa fase demanda muita quantidade de água. “Na fase de granação, há necessidade de chuvas entre 300 a 400 ml. Este ano atingiu apenas 130 a 140 ml”. A cooperativa ainda prevê prejuízos para 2015 já que nesse momento tem um atraso no crescimento das ramas para a plantação do ano que vem.

Fonte: Informativo Copercana, Canaoeste e Cocred

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