Publicado em: 26/09/2024 às 11:33hs
Após um ano de intensas negociações, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou um acordo de R$ 7,5 bilhões entre as gigantes do setor de proteína animal, Minerva (BEEF3) e Marfrig (MRFG3). Firmado em agosto de 2023, o pacto envolve a transferência de 16 unidades de produção e um centro de distribuição, abrangendo 11 plantas de bovinos no Brasil, uma planta na Argentina, três no Uruguai, uma planta de cordeiros no Chile e um centro de distribuição situado no Brasil.
Contudo, o Cade impôs importantes restrições a esse acordo. A Minerva deverá vender uma planta inativa localizada em Goiás, a fim de prevenir a concentração excessiva de mercado no estado. Além disso, o órgão regulador invalidou uma cláusula que limitava a expansão da Marfrig na unidade de Várzea Grande. É importante destacar que, mesmo com a invalidade da cláusula, a Marfrig não poderá abrir novas unidades em Mato Grosso nos próximos cinco anos.
O Cade também determinou que a venda da planta em Goiás deve ser concluída em até seis meses, com a possibilidade de prorrogação. Caso esse prazo não seja respeitado, a Minerva será obrigada a realizar um leilão público para a venda do ativo.
Nesse cenário, a Minerva enxerga essas aquisições como uma oportunidade estratégica para consolidar sua presença no mercado. Por outro lado, a XP Investimentos acredita que as restrições impostas pelo Cade terão um impacto limitado sobre o acordo. A análise da XP permanece neutra em relação às ações das empresas, considerando os desafios de alavancagem que podem influenciar os resultados futuros.
Fonte: Portal do Agronegócio
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