Publicado em: 09/08/2013 às 15:10hs
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu, disse nesta quinta-feira (08) em Cuiabá (MT), na abertura da Bienal da Agricultura, que o Brasil tem três verdadeiros ‘Mississipes’ para o transporte de grãos via hidrovias e que, se utilizados, poderiam facilitar a dinâmica do escoamento, diminuir os custos com o frete e ampliar a oferta de modais.
A fala foi uma referência aos rios Tocantins, Tapajós e Madeira e aos projetos em Estados como Mato Grosso, Tocantins e em Rondônia. Mas enquanto as hidrovias não saem do papel o setor produtivo é penalizado pela dependência do modal rodoviário para movimentação de cargas. Atualmente, este ‘sistema’ corresponde a 62,7% da matriz brasileira de transportes.
Kátia Abreu fez referências ao conjunto hidroviário do Tocantins, Juruena, Teles Pires-Tapajós e Madeira. “Mato Grosso, Tocantins e Rondônia têm verdadeiros Mississipis (rio nos EUA), mas que não são usados”, disse a presidente para uma plateia formada por aproximadamente mil empresários rurais.
A presidente da CNA fez também uma referência à Hidrovia Teles Pires Tapajós, um dos empreendimentos mais cobiçados pelo agronegócio mato-grossense. Ela permitirá a ligação direta entre Sinop (MT) até Santarém (PA), além de Porto dos Gaúchos (MT) até Santarém (PA). Somente o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental está orçado em torno de R$ 15 milhões.
O trecho hidroviário possui 1.043 km de extensão, desde o porto de Santarém, na foz do rio Tapajós, alfuente do rio Amazonas, até cachoeira Rasteira, no rio Teles Pires, de acordo com o Departamento de Estrutura Aquavária do DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
A Bienal da Agricultura encerra nesta sexta-feira (09) na capital mato-grossense.
Fonte: Agrodebate
◄ Leia outras notícias