Publicado em: 13/11/2013 às 09:20hs
O Banco do Brasil viu seu lucro cair no terceiro trimestre e voltou a rever projeções de desempenho para o ano, que incluem agora uma expectativa menor para o crescimento de margem e da carteira de crédito para pessoa física.
A maior instituição financeira do país entregou lucro líquido de 2,704 bilhões de reais para o terceiro trimestre, uma queda de 0,9 por cento sobre o resultado positivo obtido um ano antes.
Em termos ajustados, o lucro do banco foi de 2,610 bilhões de reais, queda de 1,8 por cento na mesma comparação. O resultado, porém, ficou acima do esperado pela média de previsões de analistas recolhida pela Reuters, de 2,527 bilhões.
Diante de crescimento da carteira de crédito em linhas de menor risco e aumento de custo de captação, o Banco do Brasil agora estima que o crescimento da margem financeira bruta este ano ficará entre 2 e 5 por cento. No balanço do segundo trimestre, o banco previa alta anual de 4 a 7 por cento, depois de ter começado 2013 esperando uma expansão da margem em 7 a 10 por cento.
Além do corte na expectativa de margem bruta, que encerrou o terceiro trimestre com alta de 4,5 por cento, para 11,756 bilhões de reais, o BB também reduziu a previsão para o crescimento da carteira de empréstimos a pessoas físicas, que passou de 16 a 20 por cento para 14 a 18 por cento.
O banco, porém, manteve a previsão para o crescimento total da carteira de crédito ampliada no Brasil em 2013 em 17 a 21 por cento e elevou a expectativa de expansão de empréstimos ao agronegócio para 24 a 28 por cento ante 22 a 26 por cento estimados anteriormente.
Já o Banco Votorantim, em que o Banco do Brasil tem participação de 49,9 por cento, teve prejuízo líquido de 159 milhões de reais no terceiro trimestre ante resultado negativo de 196 milhões no segundo trimestre.
O BB afirmou no balanço que "apesar de persistirem os impactos negativos decorrentes de operações antigas, o BV continuará avançando na conclusão do processo de reestruturação e deve apresentar resultados substancialmente melhores em 2014".
No terceiro trimestre, a carteira ampliada do banco cresceu 22,5 por cento, para 652,29 bilhões de reais. O Itaú Unibanco divulgou no final de outubro teve expansão de 9,3 por cento dos empréstimos, enquanto o Bradesco teve alta de 11 por cento no mesmo período.
O índice de inadimplência de operações de crédito do Banco do Brasil vencidas há mais de 90 dias ficou em 1,97 por cento no terceiro trimestre ante 2,19 por cento no mesmo período de 2012. O índice do segundo trimestre havia sido de 1,87 por cento.
O banco apurou provisão para créditos de liquidação duvidosa de 3,875 bilhões de reais no terceiro trimestre, crescimento de 7,2 por cento sobre um ano antes, mas queda de 9,8 por cento sobre o segundo trimestre.
Após essa reserva no trimestre passado, o Banco do Brasil agora espera que as despesas para perdas com crédito em relação à carteira de crédito média sejam de 2,7 a 3 por cento ante expectativa anterior de 2,7 a 3,1 por cento.
Além do crescimento da carteira, o BB teve alta de 10,2 por cento na renda de tarifas no terceiro trimestre, para 5,82 bilhões de reais.
O banco encerrou o trimestre com ativos totais de 1,259 trilhão de reais, crescimento de 14 por cento sobre o mesmo período de 2012.
O índice de retorno sobre patrimônio líquido médio, indicador de rentabilidade dos bancos, ficou em 16,3 por cento ante 18,6 entre julho e setembro de 2012.
Entre setembro de 2012 e setembro deste ano, o número de funcionários do Banco do Brasil foi reduzido em 1,6 por cento, para 112,65 mil.
Fonte: Reuters
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