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Aprosoja encerra circuito em MT e faz raio-x de sementes, maquinários e Helicoverpa

O Circuito Tecnológico da Aprosoja que visitou mais de 600 fazendas em Mato Grosso, terminou, no final de semana, pelas regiões Sul e Leste


Publicado em: 28/10/2013 às 12:20hs

Aprosoja encerra circuito em MT e faz raio-x de sementes, maquinários e Helicoverpa

Os dados do plantio e dos últimos questionários aplicados começam a ser analisados e o relatório final, que deverá ser apresentado pela Aprosoja e Senar, deve sair nos próximos 15 dias. Porém, a Aprosoja informa que já é possível pontuar alguns fatos observados no campo e nos procedimentos dos produtores nesta safra. Segundo os técnicos das 8 oito equipes que percorreram as fazendas, nesta safra a quantidade de sementes compradas já com tratamento aumentou, com os produtores fazendo na propriedade, no máximo, o acréscimo do inoculante. Além disso, boa parte dessas sementes está armazenada mais em bags do que em sacos pequenos, chamando atenção a maior facilidade de manuseio. Atrasos nas entregas de sementes e problemas com a germinação também estiveram presentes nas reclamações dos produtores.

Já em relação aos fertilizantes, a tendência tem sido a realização de taxa variável nas lavouras, para uma aplicação mais precisa de NPK, ao invés de usar o formulado já pronto. Isso mostra um cuidado maior do produtor com a lavoura ao aderir à agricultura de precisão.

No quadro de maquinários, as plantadeiras e colhedeiras mostram médias de idade de uso mais recentes que caminhões e tratores. “É como se os produtores estivessem mais preocupados com a eficiência do plantio e da colheita, por saberem que nessas fases acabam somando perdas significativas se não tiverem equipamentos bons e regulados”, explica Franciele Dal’Maso, analista de projetos da Aprosoja, que roda o Circuito com uma das equipes.

Outro dado confirmado é a discrepância entre as formas de gestão da propriedade. Muitos produtores ainda anotam seus custos e informações em cadernos, outros em planilhas de excel e alguns já fazem o uso de softwares. “Durante as visitas nós chamamos atenção à importância do uso de ferramentas de gestão e, nesse ponto, a Aprosoja pode ajudar muito, porque realiza o Projeto Referência, onde os produtores têm acesso a um software de controle e recebem relatórios individuais”, comenta Eliezer Rangel, supervisor de projeto da Aprosoja, e responsável por uma das equipes do Circuito.

Já sobre mão de obra, os produtores afirmaram mudanças positivas nas rotinas de trabalhado dos funcionários que frequentam cursos de capacitação, principalmente, em relação à saúde e segurança no trabalho. Além de protegerem-se mais durante as atividades e terem consciência dos riscos de correm em determinadas situações, também contribuem para a melhor produtividade dos afazeres na propriedade.

Onerando o custo de produção, os produtores têm reclamado muito do aumento do preço de arrendamento que, na região de Alto Taquari, por exemplo, chega a 20 sacas por hectare. “Os produtores pontuam que se não aceitarem e pagarem o valor pedido pelos arrendatários, os cultivo da cana acaba avançando e assumindo as áreas”, lembra Eliandro Zaffari, supervisor de projetos e líder de uma das equipes.

Os custos ainda podem subir mais com as ameaças que atacam as lavouras. Segundo Valmir Assarice, da Agroconsult, e um dos responsáveis por equipes, os produtores estão planejando mais aplicações neste ano. “Na região entre Alto Taquari e Alto Araguaia a previsão é de duas a três aplicações em áreas de soja precoce, e de quatro a cinco aplicações em áreas de ciclo normal”. Já em Campo Verde, há propriedades somando de três a cinco aplicações de inseticida para combater a Helicoverpa.

O Circuito Tecnológico é uma realização da Aprosoja e do Senar-MT, com patrocínio de algumas empresas.

Fonte: Aprosoja

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