Setor tem trazido resultados favoráveis ao mercado brasileiro e aumentado a necessidade de consultores terceirizados.Os números explicam. A balança comercial do agronegócio teve superávit de US$ 72,1 bilhões nos dez meses de 2013 (7,2% maior que o do mesmo período de 2012), segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O PIB do agronegócio cresceu 3,31% nos primeiros sete meses de 2013, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz.  

Esses resultados atraem um investidor cada vez mais comum, o que mora longe de suas terras e precisa de uma equipe de gestão e administração dentro de sua fazenda, que controle o dia-a-dia de seus negócios. Na Coimbra Consultoria Pecuária, lançada há onze anos no estado do Mato Grosso do Sul, esse perfil de investidor é responsável por 40% da carteira de clientes. Uma tendência percebida pelos sócios Mario Coimbra e Lucas Gutierre, formados em Medicina Veterinária, com especialização em bovinos de corte, que investiram em capacitação para ampliar sua atuação.  “A ideia de criar uma consultoria começou quando trabalhávamos em uma empresa de nutrição para bovinos; os clientes nos pediam para cuidar de toda a administração das fazendas”, conta Lucas Gutierre, que está concluindo MBA em Agronegócios. “A fazenda tem que ser vista como uma empresa. Então oferecemos toda a gestão, com planejamento anual de custos, pesquisa de tecnologias, cuidamos dos recursos humanos, elaboramos projetos nutricionais e sugerimos in
vestimentos, tudo para garantir uma produção de qualidade, atender as exigências dos proprietários e buscar maior lucro.”

A Coimbra Consultoria Pecuária opera em fazendas em várias cidades do Centro-Oeste e algumas propriedades de brasileiros no Paraguai. “O agronegócio é atrativo e, para quem mora em grandes centros, muitas vezes começa apenas como um investimento a mais; porém, logo a atividade se torna interessante e eles percebem que há muitas formas de incrementar o negócio.”

SELO

Para 2014, a empresa vai investir no lançamento de um selo de controle de qualidade para as fazendas, a partir de normas e referências da boa administração e gestão. “O setor é cada vez mais exigente, o Brasil se destaca no mercado e logo esse selo poderá fazer toda a diferença”, diz Lucas Gutierre.