Publicado em: 06/06/2014 às 11:30hs
A chuva voltou a dificultar o plantio no Meio-Oeste norte-americano, onde apenas 57% da área que será destinada à soja já foi semeada. Esse percentual fica abaixo dos 74% da média das safras de 2008 a 2012. Esse risco climático, somado à baixa oferta de soja nos Estados Unidos e à demanda aquecida pela oleaginosa, fez os preços da Bolsa de Chicago superarem US$ 15 por bushel (27,2 quilos) no primeiro contrato nos últimos dias. A situação externa reflete também no mercado interno, segundo Ângelo Ozelame, analista do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária). Uma das saídas para os compradores de soja seria buscar a oleaginosa no Brasil e na Argentina, mas problemas logísticos e políticos impedem que esses países consigam suprir a demanda imediata, aponta o Imea.
Com a alta na Bolsa de Chicago, os preços acumulam valorização de 9,6% nas últimas três semanas em Sorriso (MT), conforme cotações do instituto. Pesquisa da Folha, realizada em várias áreas produtoras, indica uma evolução média de 14,4% para a soja nos últimos 30 dias. A melhora interna nos preços da soja se deve, ainda, à alta do dólar e à redução de 14,8% nos preços dos fretes, segundo Ozelame. Diante desse cenário, o produtor avalia as condições de mercado e, os que acreditam em novas altas, postergam as vendas.
Fonte: Folha de São Paulo
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