Clima

IPCC divulgará novo relatório na segunda

Começou ontem, em Yokohama, no Japão, o encontro do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre as Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), que deve terminar com a publicação do novo relatório do grupo de especialistas reunidos pelas Nações Unidas


Publicado em: 26/03/2014 às 18:20hs

IPCC divulgará novo relatório na segunda

O documento, que reúne as evidências científicas sobre o aquecimento global, será apresentado na segunda-feira que vem. "Esta reunião é muito importante. O relatório do IPCC ampliará a compreensão das questões vinculadas ao impacto das mudanças climáticas", disse, na abertura, Rajendra Kumar Pachauri, presidente do IPCC desde 2002. Depois de terem fornecido, em setembro passado, os últimos dados sobre a amplitude sem precedentes das mudanças climáticas, os especialistas deverão apresentar no documento adaptações necessárias para enfrentar o problema.

Segundo uma versão ainda não definitiva a que jornalistas tiveram acesso, em cada grau de elevação na temperatura média do planeta, deverá ocorrer a redução em 20% dos recursos de água potável para o equivalente a 7% da população mundial. Simultaneamente, os riscos de inundações, em particular na Europa e na Ásia, aumentariam sensivelmente devido à emissão de gases de efeito estufa. A produção de cereais pode, por sua vez, cair 2% por década, enquanto a demanda aumentará 14% até 2050.

"As mudanças climáticas no século 21 encorajarão os Estados a novos desafios e determinarão de maneira crescente as políticas de segurança nacional", alerta o texto provisório. Os cientistas esperam que o documento estimule a definição de um acordo global para frear o efeito estufa durante a Conferência das Nações Unidas no ano que vem em Paris. Espera-se que a medida preveja ações para limitar o aquecimento a 2ºC até 2100, em comparação com a era pré-industrial.

Poluição

A abertura do encontro no Japão coincidiu com a publicação de um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) segundo o qual a poluição do ar provocou a morte de pelo menos 7 milhões de pessoas no mundo em 2012.

As regiões da Ásia e do Pacífico são as mais afetadas, com 5,9 milhões de vítimas no ano usado como base. Os números estão em franco crescimento se comparados ao estudo anterior, feito em 2008, graças a uma mudança na metodologia. Os resultados são "chocantes e bem mais preocupantes", segundo María Neira, diretora do Departamento de Saúde Pública da OMS. "A contaminação do ar é, agora, o fator ambiental mais importante sobre a saúde e todo mundo é afetado, tanto os países ricos como os países mais pobres", acrescentou.

Fonte: Correio Braziliense

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