A geada chegou pela primeira vez na madrugada desta terça-feira (03) em parte do Paraná, mas não foi forte o suficiente para atrapalhar as safras do estado. Foram registrados pequenos prejuízos na produção de feijão em Prudentópolis e algumas áreas de pastagem próximas à Guarapuava sofreram com o frio intenso.

O impacto do fenômeno climático não foi maior devido ao estágio de desenvolvimento das culturas. O milho safrinha, que começou a ser colhido nas últimas semanas, por enquanto não corre risco, dizem os especialistas. O mesmo ocorre com o trigo, em fase final de plantio.

No ano passado, geada transformou paisagem de plantações de chás na região de CuritibaFrente fria abre temporada de geadas no Paraná
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), Prudentópolis registrou uma das geadas mais intensas da madrugada. As perdas registradas nas lavouras de feijão foram pequenas e já eram esperadas.

“As perdas foram pequenas, mas o produtor não pode reclamar. Ele sabe que é época de geada. Quem está colhendo feijão nessa época sabia do risco”, afirma o gerente do Sindicato Rural de Prudentópolis, Egídio Meneghini.

Pastagens

Em Guarapuava, poucas áreas de pastagens foram prejudicadas, conforme o Chefe do Núcleo do Deral no município, Arthur Bittencourt Filho. “As regiões que mais sofreram foram as que têm pastagem permanente, nativa. Em termos gerais, foi pouco relevante”, explica.

Na quarta-feira (04), segundo o sistema de alerta do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), de a massa de ar frio começa a perder intensidade. Não há previsão da formação de geadas na região cafeeira do estado nas próximas 24 horas. No entanto, no Sul do Paraná e na região metropolitana de Curitiba, há possibilidade de ocorrência do fenômeno, com fraca intensidade.