Clima

Eventos climáticos extremos no Paraná reforçam urgência de ampliar coberturas em seguros patrimoniais

Tornados e ciclones recorrentes no Sul do país destacam a importância da contratação de coberturas adicionais específicas para fenômenos atmosféricos, antes vistas apenas como opcionais.


Publicado em: 19/11/2025 às 09:30hs

Eventos climáticos extremos no Paraná reforçam urgência de ampliar coberturas em seguros patrimoniais
Cresce a preocupação com desastres climáticos no Paraná

Os recentes episódios de tornados e ventos intensos que atingiram municípios como Rio Bonito do Sul, no interior do Paraná, reacenderam o debate sobre a proteção patrimonial frente ao aumento dos eventos climáticos extremos.

A advogada Anne Wendler destaca, em artigo recente, que a contratação de coberturas adicionais para vendaval, ciclone, tornado, furacão e granizo deixou de ser uma medida opcional e passou a representar uma estratégia essencial de gestão de risco.

Cobertura adicional ainda é pouco contratada

Apesar da maior frequência e severidade dos fenômenos meteorológicos no Sul do país, a adesão a seguros patrimoniais completos ainda é baixa.

Muitos consumidores — sejam pessoas físicas, empresas ou condomínios — mantêm contratos sem as coberturas específicas para esses eventos, o que os deixa desprotegidos justamente contra os maiores causadores de prejuízos nos últimos anos.

Wendler explica que essas coberturas não fazem parte do pacote básico de seguros residenciais, empresariais ou condominiais, sendo contratadas de forma opcional.

Diferenças entre tipos de cobertura: vento e água exigem seguros distintos

O caso ocorrido no Rio Grande do Sul, em maio de 2024, ilustra bem a importância de entender as diferenças entre as modalidades de cobertura. Na ocasião, o excesso de chuvas provocou inundações e alagamentos — danos que só são cobertos por apólices que incluem cobertura específica para inundação ou alagamento, e não para vendaval ou tornado.

Essa distinção é crucial:

  • Vendavais, ciclones e tornados envolvem a ação direta do vento.
  • Inundações e alagamentos resultam do acúmulo e transbordamento de água.

São fenômenos distintos, cada um com coberturas securitárias próprias.

Seguradoras intensificam apoio nas regiões atingidas

Nos últimos dias, seguradoras como MAPFRE e Caixa Seguridade colocaram em prática planos de contingência para atender segurados impactados pelos temporais.

A MAPFRE reforçou equipes de assistência 24 horas e peritagem, com prioridade para municípios como Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, além de monitorar as áreas afetadas em tempo real.

Já a Caixa Seguridade anunciou medidas emergenciais e atendimento prioritário, com o objetivo de facilitar a abertura de sinistros e agilizar o pagamento de indenizações para casos cobertos.

Setor reforça debate sobre educação securitária

O SINCOR (Sindicato dos Corretores de Seguros) tem promovido encontros entre corretores e seguradoras para discutir o fortalecimento da educação securitária e o papel social do seguro diante das novas realidades climáticas.

O sindicato destaca que a recorrência de ciclones e tornados deve servir de alerta para que segurados e intermediários adotem uma postura mais proativa e técnica na contratação de apólices, priorizando a proteção completa do patrimônio.

Novo cenário climático exige postura preventiva

Com o aumento da severidade dos eventos climáticos, não incluir coberturas adicionais de vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo nos seguros patrimoniais representa um risco desnecessário.

A recomendação dos especialistas é clara: mais do que contratar um seguro, é essencial avaliar e atualizar as apólices, garantindo uma proteção abrangente e adequada às novas condições impostas pelas mudanças climáticas.

Fonte: Portal do Agronegócio

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