Publicado em: 16/05/2014 às 16:40hs
Com a participação de aproximadamente 300 convidados, entre produtores, gerentes de unidades e técnicos, a Cocamar promoveu na noite de quarta-feira (1/05) no recinto da Expoingá, em Maringá, um evento em que foram analisadas as tendências climáticas para os próximos meses e projeções acerca da economia brasileira.
Qualidade das informações- Falando sobre o clima, o coordenador estadual de grãos do Instituto Emater, Nelson Harger, disse que a qualidade das informações sobre a meteorologia tem avançado no Brasil. “O produtor precisa estar sempre bem informado sobre isso”, frisou, justificando que o conhecimento a respeito do clima o ajuda a planejar as atividades, o manejo das culturas e avaliar riscos e oportunidades. Harger exemplificou que a perspectiva é de chuvas intensas em outubro, por conta do fenômeno “El Niño”: “De posse dessa informação o produtor deve, a partir de agora, ir acompanhando as notícias.”
Aquecimento gradativo- Segundo ele, os mapas meteorológicos vêm apontando para o aquecimento gradativo das águas do Oceano Pacífico, fator que anuncia a formação do “El Niño”, mas a situação ainda é de neutralidade climática para regiões como o norte e noroeste do Paraná. “A neutralidade deve perdurar até o meio do ano”, disse o palestrante, acrescendo que a formação daquele fenômeno deve concentrar-se nos meses de maio, junho e julho. “No entanto, ainda há incertezas quanto ao período de desenvolvimento e a sua intensidade”, comentou. Neutralidade climática “é sinônimo de bagunça”, simplificou Harger, explicando que um período assim é marcado por extremos de temperatura, chuvas abundantes e secas.
Frio - O frio deve chegar com mais força à região no início de junho, afirmou o palestrante, sendo que com o predomínio do “El Niño” a partir do segundo semestre, a expectativa é de chuvas mais frequentes e em maior quantidade. Os efeitos práticos disso sobre a agricultura, segundo ele, podem ser dificuldades para o plantio da safra de verão 2014/15, o aumento de doenças fúngicas no trigo (giberela e brusone) e, também, problemas para a colheita dessa cultura. Por outro lado, a informação de que o produtor vai contar com mais chuvas deve, na visão de Harger, estimular o investimento em uma boa adubação, a partir de análises de solo, para conseguir alta produtividade.
EUA - Em relação às regiões produtoras dos Estados Unidos, os especialistas indicam para a possibilidade de uma safra de soja e milho normal, sem o risco de secas. O plantio ainda está atrasado, por conta do frio, mas a situação ainda não preocupa o mercado, completou.
Fonte: Imprensa Cocamar
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