Publicado em: 26/09/2024 às 17:00hs
Após um período de estiagem prolongada, as chuvas recentes, embora moderadas e insuficientes em algumas regiões, permitiram o avanço no plantio da primeira safra de milho e soja no Paraná para a temporada 2024/25. O milho tem se beneficiado mais dessas condições, enquanto o cultivo de soja ainda enfrenta desafios devido à irregularidade das precipitações. A expectativa é que a continuidade das chuvas de primavera impulsione o ritmo do plantio em todo o Brasil.
Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, aproximadamente 30% da área destinada ao milho, que totaliza 267,7 mil hectares, já foi semeada. A produção estimada para o estado é de 2,703 milhões de toneladas. No momento, as plantas de milho estão nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo.
A soja, por outro lado, apresenta um cenário mais cauteloso. As primeiras semanas de setembro foram marcadas por seca, o que atrasou o início do plantio em diversas regiões. No entanto, as chuvas recentes permitiram o início das atividades de plantio em algumas áreas, embora ainda de forma isolada. Até o momento, apenas 1% da área de 5,8 milhões de hectares destinada à soja no Paraná foi plantada, com uma estimativa de produção de 22,3 milhões de toneladas. No contexto nacional, o plantio da soja avança em ritmo mais lento.
A produtora rural Suelen Pontelo Gasparotto, que cultiva soja e milho na região de Cascavel (PR) e no Mato Grosso, aproveitou a umidade recente para intensificar o plantio de soja no Paraná. “Estamos vindo de uma estiagem prolongada em várias regiões do país. Aqui no Paraná, as chuvas da semana passada ajudaram bastante no plantio. O clima será determinante para o andamento da semeadura e, consequentemente, para o sucesso da safra”, explica Suelen.
Ela também destaca que, no Paraná, as chuvas estão contribuindo para o bom desenvolvimento das plantas. "Há previsão de um veranico entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro, mas como a colheita da soja será nesse período, isso não deve nos afetar. No Mato Grosso, porém, precisaremos redobrar a atenção, já que a colheita lá é mais tardia”, afirma a produtora.
Além do clima, Suelen enfatiza a importância da tecnologia e logística para o sucesso da safra. Ela menciona o uso de equipamentos de medição de umidade dos grãos, que garante maior controle durante a colheita. “Esses medidores de umidade trazem mais transparência ao processo de comercialização. Se o desconto pela umidade for maior em uma cooperativa, podemos optar por entregar em outro lugar. Um aparelho regulado pelo Inmetro é um diferencial para assegurar maior rentabilidade”, destaca, ressaltando a necessidade de resiliência frente às constantes mudanças climáticas no campo.
Outro aspecto crucial é o momento da colheita. Para garantir a qualidade da soja, recomenda-se que a colheita ocorra quando as sementes atingirem uma umidade entre 13% e 15%, uma faixa segura para minimizar danos mecânicos aos grãos durante o processo de colheita. O risco de danos aumenta quando o teor de água está acima de 18% ou abaixo de 13%.
No caso do milho, a colheita ideal ocorre com uma umidade entre 16% e 18%. Se os grãos forem colhidos com umidade acima desse índice, será necessário um processo de secagem artificial até atingir os 14% adequados para o armazenamento.
Fernanda Rodrigues da Silva, gerente de relacionamento da Loc Solution, empresa responsável pela marca Motomco, especializada em medidores de umidade, destaca a importância do planejamento na colheita e armazenagem, especialmente quando há grande volume de grãos. Segundo ela, os medidores de umidade são uma tecnologia essencial para produtores, cooperativas e tradings, pois ajudam a determinar o momento exato da colheita e garantem mais segurança na comercialização dos grãos.
“Esses aparelhos fornecem resultados de umidade em tempo real, permitindo maior precisão e rastreabilidade desde a colheita até o armazenamento. Com uma tecnologia avançada, eles oferecem facilidade de uso e garantem precisão nos resultados”, conclui Fernanda.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias