Publicado em: 24/10/2013 às 09:50hs
Todavia, as chuvas que ocorreram mais ao Norte no Mato Grosso contribuíram para o início do plantio da cana. Também ocorreram alguns eventos de chuvas fortes desde o Rio de Grande do Sul até a porção Sul de São Paulo, que contribuíram para que a temperatura nessas regiões permanecesse um pouco abaixo da média do período, principalmente durante a noite, nos locais de maior altitude em Santa Catarina. No Sul de Minas também choveu, porém em menor intensidade.
As chuvas que ocorreram no Sul do Brasil e contribuíram para a germinação do milho de verão e da soja recém plantada dificultaram a colheita do trigo de inverno e o armazenamento dos grãos, devido ao elevado teor de umidade presente nos grãos. Na maior parte da região Nordeste do país as temperaturas foram um pouco acima da média, assim como na porção Nordeste e Leste de Minas Gerais
Climatologia esperada para novembro
A probabilidade de que as chuvas ocorram abaixo da média é para a região Nordeste da Bahia, todo o estado de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, região Centro Norte e Norte do Piauí, Nordeste do Pará e Norte do Amapá. Também em todo Rio Grande do Sul, na região Serrana e Oeste de Santa Catarina.
A probabilidade de que as chuvas ocorram dentro da média ou pouco acima dela é para as demais partes do Pará e do Norte do Amazonas, Roraima e Sul do Amapá, Sudoeste do Mato Grosso, toda Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, região de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, em São Paulo. Em relação à temperatura é esperado que ocorram acima da média para toda a região do extremo Norte do Brasil e dentro ou acima da média para todas as demais regiões do país.
O café
Devido ao volume de chuva no último inverno ter sido um pouco acima da média nas regiões cafeeiras e como é esperado que se mantenha a mesma tendência para novembro, é favorável a incidência de doenças como a ferrugem, phoma e a cercosporiose, principalmente em plantas que apresentem deficiência nutricional. Deste modo o monitoramento das doenças do cafeeiro deve ser intensificado no próximo mês à medida que ocorra o aumento das chuvas e, se necessário, deve ser executado o controle químico preventivo com fungicida específico.
Como já ocorreram as primeiras floradas e foi dado início ao desenvolvimento do vigor vegetativo das plantas, o aumento das chuvas esperado para o mês de novembro deverá favorecer o pegamento dos frutos, que irá repercutir na safra seguinte. Com a chegada das chuvas de verão os cafeicultores devem também ficar atentos à nutrição do cafeeiro, momento em que devem ser feitas as adubações de solo e a pulverizações.
A análise e o prognóstico climático aqui apresentado foram elaborados com base na estatística e no histórico da ocorrência de fenômenos climáticos globais, principalmente naqueles atuantes na América do Sul, e são de caráter experimental. Foram consideradas ainda as informações disponibilizadas livremente pelo NOAA, Instituto Internacional de Pesquisas sobre Clima e Sociedade - IRI, Met Office Hadley Centre, Centro Europeu de Previsão de Tempo de Médio Prazo - ECMWF, pelo Boletim Climático da Amazônia elaborado pela Divisão de Meteorologia (DIVMET) do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) e dados climáticos do INMET/INPE. A informação é disponibilizada ao público em geral, porém, nenhuma garantia implícita ou explícita é dada pela EPAMIG, a qual não se responsabiliza pelo uso indevido, por parte de terceiros, das informações aqui disponibilizadas.
Williams Ferreira -Pesquisador da Embrapa/EPAMIG na área de Agrometeorologia e Climatologia, atua principalmente em pesquisas voltadas para o tema Mudanças Climáticas Globais. williams.ferreira@embrapa.br (ou) williams.ferreira@epamig.br
Marcelo de F. Ribeiro - Pesquisador da EPAMIG na área de Fitotecnia, atua em pesquisas com a cultura do café. mribeiro@epamig.br
Fonte: EPAMIG
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