Publicado em: 06/08/2014 às 19:10hs
Em 2014 a estiagem atípica na região de Guaxupé, no sul de Minas Gerais, afetou a produção agrícola. Entre as culturas que mais sofreram com a seca, está a soja, que teve cerca de 40% de perda no total produzido. Em seguida, veio o café, que sofreu decréscimo de 25% da safra. Além dessas culturas, o milho grão atingiu em média 55% de prejuízo, em relação aos anos anteriores.
O regime ideal de chuvas que era para ter ocorrido entre o mês de janeiro e fevereiro não atingiu as expectativas dos lavradores. O índice pluviométrico mais alto, neste ano, foi de 53 mm, enquanto a média agrícola padrão de chuvas regulares fica entre 700 a 800mm.
De acordo com Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, o motivo para essa situação é a chegada de uma grande massa de ar seco que influência o clima no Estado de Minas Gerais e inibe a formação de chuvas. "Para os próximos dez dias não haverá mudanças no tempo em todo o estado mineiro. O clima vai continuar seco e quente e sem qualquer expectativa de melhora”, afirma.
Além disso, com a falta de umidade, as lavouras em Guaxupé se tornaram um ambiente propício para pragas e fungos capazes de disseminar doenças aos produtores. Um exemplo disso é o fungo hemileia vasta pics que gera a doença ferrugem.
Para evitar prejuízos irreversíveis para o ano agrícola dos produtores, o engenheiro agrônomo da EMATER José Inácio Silva Citton diz que há diferentes técnicas agrícolas que podem contribuir para o mantimento regular das safras, mesmo com mudanças climáticas atípicas, conforme ele explica: “Para a safra de café, há como o agricultor utilizar das seguintes técnicas de cultivo, como Palhada, Plantio Direto, Curvas de Nível, Dissecação com herbicidas, Irrigação e a Rotação de Culturas. Entre elas, a mais recomendada é a Roçada, pois é capaz de manter uma cobertura morta no solo da lavoura, que impede a evaporação da água e da ação do sol, permitindo assim uma maior conservação dos nutrientes.”
Sobre o Grupo Climatempo
O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêutica e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
Fonte: Linhas Comunicação
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