O Agrometereologista da Somar Metereologia, Marco Antonio dos Santos, alerta para alguns cuidados na hora do planejamento pois considera o clima importante para o sucesso da produção. “O clima esse ano será um pouco diferente do que foram nas últimas três safras, uma vez que o inverno já está sendo muito mais úmido e frio em comparação com outros anos. A primavera deverá ter chuvas bastante irregulares, fazendo com que o produtor, que não estiver alinhado com o clima, possa perder seus primeiros plantios”, destaca Santos.

Além disso, ele ressalta que caso se confirme a volta do El Niño para o verão, a produção das chamadas culturas de segunda safra, como a do milho e mesmo a do algodão poderão ter perdas consideráveis. “Nesse caso, se o fenômeno se confirmar, as chuvas devem cessar mais cedo no próximo verão”, explica.

Estas e outras informações serão repassadas durante o ciclo de palestras, Fundação MT em Campo: É Hora de Plantar, promovido desde o dia 22 de agosto pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT em 20 municípios do país. No próximo dia 16 inicia-se a segunda etapa em Rio Verde-GO e Mineiros-GO e segue até 19 de setembro. Mais de 1.600 pessoas já participaram dos eventos.

Na ocasião, o Agrometereologista fará em “Previsões Climáticas: como será o clima para a safra 2013/14 no Brasil e no mundo?” uma análise do impacto do clima sobre a produção de soja, milho e algodão no Brasil e as principais características desse ano para que o produtor possa ter sucesso com relação ao clima. “Também abordarei as condições climáticas para esse final de safra de grãos dos Estados Unidos e quais os possíveis impactos negativos que o clima irá provocar sobre a produção de soja e milho norte-americana”, detalha Marco Antonio.

Com as informações que serão repassadas aos produtores durante as palestras, o produtor poderá definir com maior assertividade o momento ideal para a realização do plantio, dos tratos culturais e colheita. “Além disso, poderá também saber, com relação as condições climáticas, se a produção será maior ou menor nesse ano safra e com isso, saber que rumo os preços dessas commodities irão tomar durante esses próximos meses”, finaliza o Agrometereologista.