Publicado em: 23/12/2025 às 10:40hs
A adoção da certificação RTRS (Round Table on Responsible Soy), voltada para a produção responsável de soja e milho, transformou a gestão da Agropecuária Romi, localizada no Paraná. Desde 2021, a propriedade de 450 hectares cultiváveis vem registrando avanços significativos nas áreas ambiental, social e econômica, refletindo em maior organização, competitividade e valorização de mercado.
À frente dessa evolução está João Cristiano Kiers, engenheiro agrônomo que assumiu a gestão da fazenda em 2010, dando continuidade ao legado iniciado por seu pai, Roelof Kiers. Com experiência prévia no desenvolvimento de produtos para milho, João tem apostado em práticas sustentáveis e inovadoras para fortalecer a produtividade com responsabilidade.
“Cresci no meio rural e aprendi desde cedo a importância de unir técnica e valores no trabalho. A certificação RTRS foi um passo decisivo para consolidar uma gestão mais eficiente e sustentável”, afirma o gestor.
Implementada em 2021, a certificação da Mesa Redonda da Soja Responsável (RTRS) marcou um divisor de águas na condução da fazenda. O processo envolveu adaptações estruturais, capacitação de equipe e revisão de processos internos — tudo com o apoio técnico da Castrolanda.
Entre as principais práticas adotadas, destacam-se o uso de adubos orgânicos combinados com rochas locais e manejo biológico, reduzindo a dependência de produtos químicos e promovendo maior equilíbrio do solo.
“A certificação trouxe melhorias contínuas na gestão ambiental, social e econômica, além de abrir portas para novos mercados e gerar bonificações, especialmente no milho waxy”, explica João Cristiano.
Segundo o produtor, a iniciativa também proporcionou maior segurança operacional e satisfação com o desempenho sustentável da propriedade. “A RTRS é uma ferramenta que reduz riscos, melhora processos e eleva o padrão de gestão. Recomendo a todos os produtores”, conclui.
O analista de Qualidade JR da Castrolanda, Rafael Igor Santos, acompanhou de perto o processo de certificação e destaca o impacto positivo na rotina e organização da propriedade.
De acordo com ele, o suporte técnico envolveu todas as etapas — desde a organização documental até adequações na estrutura física. As melhorias incluíram o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), aprimoramento das condições de trabalho, respeito à biodiversidade, implantação da rastreabilidade e criação de um código de conduta.
“A certificação trouxe mais segurança, padronização e conformidade com a legislação. O produtor passa a ter tranquilidade por saber que seus processos estão alinhados às exigências legais e de mercado”, afirma Rafael.
Ele ressalta ainda que a certificação RTRS vai além do cumprimento de normas: trata-se de uma estratégia de gestão e valorização da produção. “Com a rastreabilidade e a comprovação da sustentabilidade, o produtor agrega valor ao produto e se posiciona melhor no mercado global”, complementa.
A certificação RTRS é reconhecida internacionalmente como uma das principais ferramentas de gestão sustentável na produção de soja e milho. Ela é aplicável a diferentes cadeias produtivas — desde o consumo humano até ração animal e biocombustíveis — e pode ser obtida por produtores de todos os portes, individualmente ou em grupo.
O padrão é validado por auditorias independentes, avaliadas por órgãos de acreditação internacionais, o que garante credibilidade, transparência e rigor técnico.
Entre seus compromissos fundamentais estão o zero desmatamento, o respeito às áreas nativas e o cumprimento de 106 indicadores distribuídos em cinco pilares:
Ao conquistar a certificação, produtores e empresas reforçam seu compromisso com a sustentabilidade, assegurando rastreabilidade, transparência e responsabilidade socioambiental em toda a cadeia produtiva.
Fonte: Portal do Agronegócio
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