A produção de conservas de frutas foi tema de treinamento promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), nesta semana, no Programa Viver, no bairro Quedas do Palmital, em Chapecó. A iniciativa beneficiou 11 participantes e contou com apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó.

O treinamento abordou as finalidades da conservação de alimentos, os métodos, as causas de alterações, segurança e saúde no trabalho – prevenção de acidentes, cuidados com o meio ambiente, importância da higiene na manipulação de alimentos, utilização de ingredientes básicos, de utensílios e equipamentos e etapas da fabricação de conservas de frutas.

As participantes aprenderam a fazer geléias e gelados, compotas ou frutas em calda, doce de frutas em massa e pasta cremosa, frutas secas e cristalizadas. Ainda entre as delícias estavam balas de banana, “cri-cri” das cascas de frutas como as de laranja e concentrados de frutas.

De acordo com a prestadora em serviço de instrutoria, Cleusa Vergani, nem as sementes são perdidas porque podem ser adicionadas como sabor nas compotas. “O essencial é cuidar da higiene e limpeza na fabricação, a maneira do envase e o fechamento. Além disso, é preciso prestar atenção no prazo de armazenamento que é de safra para safra”, explicou.

O objetivo da iniciativa, segundo Cleusa, foi de qualificar as participantes para que tivessem uma atividade complementar e com isso agregassem renda para a família. “Com este treinamento as participantes podem reaproveitar as frutas que são produzidas nas propriedades rurais, incentiva-se a produção da agricultura familiar, o consumo de alimentos saudáveis e produzidos com qualidade”, observou.

Para a participante Marizete Oliveira Marques, de 37 anos, o que mais lhe marcou no treinamento foi aprender que não pode mexer ao fazer o “cri-cri”. “Foi ótimo fazer o curso e aprendi também sobre o ponto da calda que não sabia. Foram transmitidas técnicas fáceis de fazer”, complementou. A intenção de Marizete é fazer os produtos para agradar os familiares e posteriormente para comercializar.

Iracema dos Santos Dias, de 62 anos, achou a iniciativa do treinamento muito importante, principalmente, porque além de capacitar promove a integração entre as participantes. “Eu gostei e a experiência foi excelente. A professora teve muita paciência para explicar e esclarecer as dúvidas. E também fiz amizades”, comemorou. Iracema relatou que tinha o sonho de fazer geleia e agora aprendeu com o curso. “Estou realizada e poderei fazer para minha família”, explicou.

Renilde Bergonce Dias, de 58 anos, gostou de participar pelo conhecimento adquirido. “Eu não sabia fazer conservas de frutas e aprendi com facilidade”, relatou. Para ela, o que mais lhe encantou foram as conservas de abacaxi, mamão e as geleias.