A alta procura pelos cursos e oficinas demonstra a qualidade da metodologia do Senar e o interesse dos participantes. Nesta edição, foram mais de 600 pessoas beneficiadas em 59 eventos. Promovido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Semana conta com a parceria do Senar há mais de 15 anos.

As novidades foram os cursos de Drone e de Cuidados Sanitários e Reprodução de Ovinos, além da Cozinha Escola. Esse foi um espaço que reuniu cursos de Derivados do Café, do Leite, Doces, Embutidos e Defumados, Torra, Cafés Especiais, Classificação e Degustação de Café e Comercialização de Café.

“Todos os eventos ficaram lotados. Houve muita procura. O destaque foi a Cozinha Escola, um projeto piloto que vemos que deu certo pela receptividade das pessoas diante da possibilidade de aprender na prática e também pela localização na área central da UFV. Também vale ressaltar o empenho e comprometimento dos instrutores, que se dedicaram ao máximo, inclusive para receber mais alunos, além dos inscritos. Foi uma Semana de muito trabalho, mas de muito sucesso”, enfatizou a gerente regional do Senar Minas em Viçosa, Silvana Novais.

O curso de Doce de Leite chamou a atenção de um casal do Rio de Janeiro que está residindo em Portugal há cerca de um ano. Ao saberem da fama do doce de leite mineiro, optaram por ir ao evento para se capacitarem na produção da iguaria já que pretendem abrir uma fábrica na Europa. O espaço já está montado. Agora só falta colocar em prática a produção em maior escala.

“Lá não existe o doce de leite nem o requeijão. Realizamos uma pesquisa junto a hotéis e restaurantes e o resultado mostrou que as pessoas gostaram muito. Nosso foco será em indústria alimentícia e supermercados”, contou o empresário Luiz Alves.

“É muito bom estar aprendendo, sabendo que vai poder gerar empregos em um local onde ainda não existe o produto”, completou a empresária Sandra Alves.

A programação contou ainda com eventos dos programas Café+Forte e Balde Cheio, do Sistema Faemg, e o Celeiro de Inovação, um workshop de inovação e desenvolvimento de soluções para o agronegócio, do projeto Novo Agro. SUGIRO LINKAR

No estande, os visitantes puderam conhecer os cursos e programas do Sistema Faemg. Um dos interessados foi o produtor de Conselheiro Lafaiete (MG), Raimundo Antônio Amorim. Ele trabalha com café, hortaliças e frutas e está em busca de mais conhecimento na cafeicultura. No intervalo do curso de Torra, foi logo ao estande para se informar sobre os programas ATeG, Café+Forte, além de treinamentos voltados para o trato na lavoura. “O Senar é muito importante porque leva informações e assistência ao homem do campo. O aprendizado hoje é importante, o saber não ocupa espaço.”

Drone

Novidade na Semana do Fazendeiro, o curso de Drone despertou o interesse da produtora Ildineia Merlin, de São Mateus (ES). “Amo tecnologia e tenho o interesse de agregar essa ferramenta na propriedade. Vemos que os drones já são utilizados na pulverização nos Estados Unidos e esse pode ser um caminho no Brasil”, contou.

O equipamento remotamente pilotado possibilita uma série de vantagens ao produtor. O treinamento trabalha o conteúdo básico para a utilização do drone: legislação, sensores, operação manual e automatizada, além da captura de fotografias e vídeos.

Ovinocultura

Já o curso de Cuidados Sanitários e Reprodução de Ovinos, também oferecido pela primeira vez no evento pelo Senar, reuniu participantes do Espírito Santo e de Minas Gerais. Paulo Teixeira, de 91 anos, acompanhou a filha Alice. Ele participa com freqüência da Semana do Fazendeiro. “Pretendo passar o meu pai, que faleceu aos 99, e continuar fazendo cursos”.

Além disso, foi a partir desse curso que o presidente da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Estado de Minas Gerais (ACCOMIG/Caprileite), Rivaldo Nunes da Costa, passou a integrar a equipe de instrutores do Senar Minas. Ele cumpriu a parte final do processo ao auxiliar o instrutor Luciano Piovesan nas aulas. O coordenador de Formação Profissional Rural do Senar, Luiz Ronilson, também acompanhou o curso.

Com 32 anos de formação como médico veterinário e 12 anos como professor, além da experiência na Accomig, ele se diz orgulhoso. “Eu me sinto honrado em participar do Senar, uma instituição que ensina na prática importantes procedimentos das atividades diárias da fazenda. Fico feliz em contribuir com o aprendizado do homem do campo e de retribuir a eles o que aprendi em minha carreira”, afirmou.