Com o objetivo de aumentar a produtividade do rebanho, muitos pecuaristas têm investido fortemente em tecnologia e no melhoramento genético. De acordo com os criadores, os resultados têm sido surpreendentes, mas o mercado ainda carece de profissionais gabaritados para realizar a inseminação artificial.

Atenta a esta necessidade, a Alta realizará, em diversas cidades do país, cursos durante o mês de setembro para formar novos inseminadores (confira tabela abaixo). “Este profissional é o responsável pelo sucesso da tecnologia. Todo o trabalho realizado pela Central de Coleta e processamento de sêmen está depositado na palheta e o resultado nas mãos do inseminador. Um serviço bem executado resulta em matrizes prenhas e lucro ao produtor” explica Reginaldo Santos, Técnico de Leite e Gerente dos Cursos de I.A.

Em 2012, conforme dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), foram comercializadas mais de 12 mil doses de sêmen pelas empresas filiadas à instituição, que juntas são responsáveis por 93,5% do mercado.

O curso oferece um conteúdo completo que capacitará o participante a realizar a inseminação artificial de maneira profissional garantindo melhores resultados na qualidade do produto nascido e agregando genética e maior lucro ao produtor, seja de corte ou de leite. A programação inclui: anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor da fêmea bovina; passo a passo da inseminação artificial; observação de cio em gado de leite e corte; manejo do botijão de sêmen; montagem do aplicador; descongelamento do sêmen, passagem do aplicador pela cérvix; visualização em DVD do processo de coleta e industrialização de sêmen; dentre outros.

A Alta possui atualmente 16 centros de treinamento e, desde 2006 quando iniciou suas atividades no Brasil, formou mais de nove mil inseminadores em todo o país. Apenas em 2012 foram 1.370 novos profissionais em 129 cursos realizados, o que contribui de forma significativa para o avanço no uso desta técnica e, consequentemente, para o melhoramento genético no rebanho.

A inseminação artificial oferece muitas vantagens aos pecuaristas, uma delas é o aumento da reprodução na fazenda. Por exemplo, com o regime de monta natural controlada é possível alcançar um total de 120 a 400 filhos por animal, considerando quatro anos de vida reprodutiva de um touro. Ao utilizar a inseminação artificial, apenas um reprodutor, no mesmo tempo, poderá ter mais de 100.000 filhos, comprovando assim a melhora que este método pode oferecer ao rebanho.

Benefícios de realizar inseminação artificial

Utilização de Inseminação Artificial - Bezerro nasce com maior valor agregado através do melhoramento genético. Como resultado, terá maior produtividade (carne ou leite) em menor tempo.
 
Acasalamento corretivo - Através das provas dos touros é possível descobrir o animal ideal para cada matriz. Esta prova permite que os descendentes venham “melhorados” em relação à mãe (ou pai). É possível eliminar as características indesejáveis de produção ou conformação.
 
Cruzamento entre raças - Com a inseminação não são necessários vários reprodutores. Basta ter apenas no botijão doses de sêmen dos animais que desejar.
 
Democratização da IA - Pequenos produtores podem usufruir do melhoramento genético com baixo custo. Com a inseminação, os criadores podem utilizar reprodutores de alto valor econômico em suas propriedades.
 
Controle zootécnico do rebanho - Com IA é possível: registro de dados sobre as matrizes; padronização do plantel (facilita os cuidados com bezerros e a homogeneidade do rebanho) e controle sanitário.
 
Economia - A inseminação artificial custa em torno de 15% mais barata em relação à monta natural